O Produto Interno Bruto – PIB da Argentina tombou 3,4% no primeiro semestre do ano, reforçando a recessão na economia do país. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC).
No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,7% em comparação ao mesmo período de 2023, marcando o terceiro trimestre consecutivo de retração econômica, o que coloca o país no caminho para encerrar seu segundo ano consecutivo de recessão.
O relatório do INDEC destaca que, do lado da demanda, apenas as exportações apresentaram crescimento, com um aumento expressivo de 31,4%. Em contraste, o consumo privado despencou 9,8%, o consumo público recuou 6% e a formação bruta de capital fixo sofreu uma queda acentuada de 29,4%, sempre em relação ao mesmo período de 2023.
PIB da Argentina: quedas em setores importantes
Setores importantes da economia argentina também registraram fortes quedas. A construção retraiu 22,2%, a indústria de transformação teve um declínio de 17,4%, e o comércio atacadista, varejista e de reparação recuou 15,7%.
Por outro lado, o setor agrícola apresentou um desempenho surpreendentemente positivo, com a agricultura, pecuária, caça e silvicultura crescendo impressionantes 81,2%, impulsionado por uma safra favorável.
No entanto, a queda no segundo trimestre foi menos severa em comparação com o primeiro, quando ajustada pela sazonalidade. As importações caíram 5,5%, enquanto o consumo privado recuou 4,1%. O consumo público teve uma redução mais moderada de 1,1%, e as exportações cresceram 3,9%. A formação bruta de capital fixo continuou a cair, com uma retração de 9,1%.
Para o ano de 2024, projeções privadas indicam uma contração econômica entre 3% e 3,5%. Contudo, os dados mais recentes de julho e agosto apontam para sinais de recuperação, levando economistas a acreditarem que o ponto mais baixo da recessão tenha ocorrido entre maio e junho deste ano.
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