O Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal, PCE de setembro, dos Estados Unidos, registrou alta de 0,4% em setembro, ante expectativa de 0,3% e alta de 0,4% em agosto.
Na comparação anual, a alta foi de 3,4%, dentro do esperado.
O núcleo do PCE teve alta de 0,3% no mês e de 3,7% no ano, exatamente como o mercado esperava.

O núcleo do PCE (que exclui itens voláteis como combustíveis e alimentação) é o indicador favorito do Federal Reserve (Fed) para companhar a inflação.
O resultado reforça a expectativa predominante por manutenção dos juros americanos no patamar de 5,25%-5,50%.
Na quinta (26), a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do 3TRI23 dos EUA apontou forte alta de 4,9%, ante expectativa de 4,3%. E apesar da indicação de economia forte, o dado não mexeu com as projeções pelo menos para a reunião de política monetária de 1 de novembro. Para dezembro, o mercado ainda se divide entre os que creem em nova manutenção dos juros e os que veem a possibilidade de mais uma alta de 25 pontos-base.
“Se a economia mostra um crescimento muito forte, a autoridade monetária (Fed) pode ficar na dúvida se a inflação realmente vai convergir para a meta de 2%. Esse número não é positivo para o fim de ciclo de juros, deixando a possibilidade de mais uma alta em dezembro”, avalia Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.
Para Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, o resultado veio dentro do esperado e não trouxe surpresas, repetindo informações do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), divulgado anteriormente.
“Para o Fed, o PCE não traz um conforto sobre a desaceleração da atividade. Os números vêm jogando contra a parada de juros. É importante observar que os números indicam que pode haver nova alta de juros, possivelmente não em 1 de novembro, mas na decisão do Fed de dezembro”, aponta.
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