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PCE: inflação nos EUA avança 0,3% em abril; núcleo fica abaixo do esperado

PCE: inflação nos EUA avança 0,3% em abril; núcleo fica abaixo do esperado

O Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,3% em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). O núcleo da inflação nos EUA, medida pelo PCE, que exclui preços voláteis — como alimentos e energia — avançou 0,2% no período, ante alta de 0,3% em março.

Com isso, o núcleo da inflação nos EUA em 12 meses ficou em 2,8%, o mesmo patamar observado em fevereiro e março. O indicador anual veio em linha com as projeções do mercado. Por outro lado, o dado mensal ficou abaixo das estimativas de 0,3%.

O núcleo da inflação nos EUA, que exclui itens voláteis, é o indicador favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para acompanhar a inflação.

A renda pessoal dos norte-americanos cresceu 0,3% no mês, a US$ 65,3 bilhões. A renda pessoal disponível (DPI), que desconta os impostos correntes pessoais, aumentou 0,2% (US$ 40,2 bilhões).

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Os gastos pessoais, indicador que implica na soma das despesas de consumo pessoal (PCE) e dos pagamentos de juros e de transferências, cresceram US$ 39,1 bilhões em abril.

PIB dos EUA cresce 1,3% no 1TRI24, abaixo do esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA apresentou um crescimento mais lento no primeiro trimestre do que o estimado inicialmente, devido a revisões para baixo nos gastos dos consumidores.

O indicador cresceu a uma taxa anualizada de 1,3% de janeiro a março, abaixo da estimativa anterior de 1,6% e significativamente mais lento que o ritmo de 3,4% registrado nos últimos três meses de 2023.

A revisão do crescimento no primeiro trimestre foi influenciada por recentes fraquezas nas leituras das vendas no varejo e nos gastos com equipamentos.

Uma medida da inflação nos EUA (PCE trimestral) no primeiro trimestre também foi revisada para baixo, de 3,4% para 3,3%, representando o aumento trimestral mais rígido da pressão dos preços em um ano.

Após se moderarem durante a maior parte do ano passado, as medidas de inflação ficaram mais altas do que o esperado no início de 2024, o que levou as autoridades do Federal Reserve a adiarem as expectativas de quando poderão reduzir a taxa de juros.

Tá, e aí?Stephan Kautz

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, observa que a inflação nos EUA, medida pelo PCE, veio em linha com as projeções de 0,3%. A notícia boa veio por conta da desaceleração do núcleo, a 0,2%.

Os componentes de serviços, sem habitação, mostram que também houve desaceleração. No resultado anterior, o número estava em 0,40% e agora veio próximo de 0,30%.

Ainda não é o que o Fed gostaria em termos de inflação. Continuamos com uma inflação anual em torno de 2,7% a 2,8%, no núcleo e no número cheio, porém com sinais na margem que mostram uma desaceleração e confirmando que a aceleração observada no início do ano está ficando para trás. Não houve uma mudança de tendência, mas sim uma conjunção de pressões em janeiro, fevereiro e março.

Em geral, para Kautz, o dado ajuda a expectativa para que o Fed possa começar a cortar juros no segundo semestre. O cenário da EQI Asset é a partir de setembro, com outro corte em dezembro.

Escute o áudio completo a seguir: