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PCE: preços ao consumidor sobem 0,9% nos EUA, em linha com o esperado

PCE: preços ao consumidor sobem 0,9% nos EUA, em linha com o esperado

O índice de preços (PCE) para o consumidor estadunidense teve alta de 0,9% em março, segundo a divulgação de hoje (29) do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Esse percentual é maior do que o registrado em fevereiro: 0,5% (revisado de 0,6%). 

A equipe de Macro & Estratégia do BTG Pactual (BPAC11) declara que a inflação apresentou resultados em linha com as expectativas. Além disso, destaca que a aceleração de 0,9% deve-se, em grande parte, ao aumento nos preços de Energia (11,8%), proveniente de 3,7% em fevereiro. 

O banco explica que essa alta foi influenciada “pela forte aceleração do preço do Petróleo no mercado internacional, consequência da deterioração das perspectivas de oferta diante da invasão russa na Ucrânia, e pela aceleração dos preços de bens não duráveis para 2,8%, vindo de 1,8%”.

Consumo doméstico

Quanto ao consumo doméstico anual, o indicador registrou um aumento de 6,6% em relação ao ano passado. 

Segundo o Departamento do Comércio americano, essa alta reflete a elevação dos preços de bens e serviços, uma vez que o valor da energia saltou 33,9%, enquanto os alimentos saltaram 9,2%. Excluindo esses itens, os gastos domésticos de março subiram 5,2% em comparação a março de 2021. 

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Esse resultado também apresentou um breve crescimento em comparação ao registro do mês anterior: 6,3% (revisado de 6,4%). 

Já o PCE real registrou alta de 0,2% em março. Em fevereiro, esse índice atingiu 0,1% (revisado de – 0,4%). 

PCE: consumo pessoal também sobe 

No que diz respeito às despesas com o consumo pessoal, o aumento foi de 1,1% neste mês (superando as projeções, que eram de 0,7%), o que representa uma elevação de US$ 185 bilhões. 

De acordo com o Departamento, “o aumento de US$ 185 bilhões no PCE em dólar em março refletiu um aumento de US$ 114,6 bilhões nos gastos com serviços e um aumento de US$ 70,4 bilhões nos gastos com bens”. 

Análise do BTG Pactual (BPAC11) para os próximos meses

A equipe de Macro & Estratégia do BTG acredita em uma inércia da inflação nos próximos meses. No entanto, destaca que isso deve ocorrer “em patamar mais elevado, decorrente da forte base de comparação e estabilização dos preços das commodities no mercado internacional”. 

Por outro lado, os analistas frisam “que o balanço de riscos tende para o lado negativo, com os preços podendo ser impactados por novos choques e pelo elevado consumo das famílias, postergando a descompressão esperada”.

Em relação aos resultados de hoje, o BTG reforça sua “visão sobre um movimento de 50 bps na reunião do FOMC na próxima semana, iniciando um front-loading da política monetária. As métricas de inflação continuam elevadas, sobretudo implícitas no mercado (swap 5y5y em 2,8% e a implícita de 10 anos em 2,9%)”. 

Com isso, “nosso cenário de fed funds rate continua acima daquele precificado pelo mercado e, portanto, ainda vemos ambiente para volatilidade no mercado de juro”, finaliza.