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Payroll: EUA criam 147 mil vagas de emprego em junho, acima do esperado

Payroll: EUA criam 147 mil vagas de emprego em junho, acima do esperado

Os Estados Unidos criaram 147 mil empregos em junho, segundo dados do payroll divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Trabalho.

O número veio acima das expectativas do mercado: economistas consultados pela Reuters projetavam a criação de 110 mil vagas fora do setor agrícola no mês, após as 139 mil registradas em maio.

Gráfico do Payroll de junho de 2023 a junho de 2025.

Além disso, o dado de maio foi revisado para cima, passando de 139 mil para 144 mil empregos. A taxa de desemprego norte-americana ficou em 4,1% em junho, melhor do que a estimativa de 4,3%, com cerca de 7 milhões de pessoas ainda fora do mercado de trabalho.

Outros dados além do Payroll

Embora o payroll seja considerado o indicador mais relevante sobre o mercado de trabalho nos EUA, outros relatórios divulgados ao longo da semana mostraram sinais mistos.

O relatório da ADP, por exemplo, apontou a perda de 33 mil empregos no setor privado em junho — um contraste com a geração de vagas medida pelo payroll. Em maio, o número do ADP havia sido revisado para baixo, de 37 mil para 29 mil novas vagas.

Já o relatório Jolts indicou uma melhora na demanda por mão de obra: o número de vagas abertas nos setores não agrícolas subiu para 7,769 milhões em maio, reforçando sinais de resiliência no mercado de trabalho americano.

Tá, e aí?Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset

“A gente continua vendo desaceleração gradual do mercado de trabalho norte-americano. Não é uma interrupção abrupta da contratação, um dado brutal”, afirma Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

Para ele, o movimento é lento e deve prosseguir assim pelos próximos meses. “Nossa visão está no meio do caminho. O mercado está, sim, desacelerando, mas lenta e gradualmente. Se a gente estiver certo na leitura, o banco central americano vai conseguir ‘empurrar ainda mais com a barriga’ a decisão de corte de juros”, avalia.

“O Fed só anteciparia para julho ou setembro o corte se ele observar um mercado de trabalho em colapso, uma queda abrupta de contratação ou um crescimento grande de desligamentos. Como nada disso está acontecendo, ele deve esperar até setembro para decidir o que fazer com a taxa de juros”, conclui.

Ouça o áudio na íntegra: