A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apontou que a expectativa para o crescimento na demanda global pela commodity de 2,5 milhões milhões de barris por dia (bpd) em 2022 segue a mesma do início do ano. Para 2023, a organização estima uma produção de 2,2 milhões de bdp.
O relatório que apresenta as projeções foi divulgado, nesta terça-feira (13), pela Opep.
O documento relata que a demanda por petróleo foi revisada para cima no 3TRI22 por conta dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Contudo, ela foi revista para baixo no 4TRI22 devido a desaceleração fora da OCDE e da atividade industrial mais fraca da China.
Em 2023, a Oper prevê um crescimento de 300 bpd na demanda da OCDE e de 1,9 milhão de bpd fora desse grupo. Entretanto, a organização salienta que a expectativa do mercado está sujeita a “muitas incertezas” no quadro atual diante das medidas sanitárias covid zero na China e “as tensões geopolíticas em andamento”, com o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Opep: demanda e oferta por petróleo
A demanda pelo petróleo se manteve a mesma que a apresentada pelo mês anterior, com 28,6 milhões de barris por dia. Em comparação com o ano de 2021, a demanda pelo barril de petróleo cresceu 500 mil bpd.
Para 2023, a Opep informa que o crescimento na demanda pelo seu petróleo será mantido em 29,2 milhões de bpd. Isso representa um avanço de 600 mil bpd ante o esperado para o ano atual.
Em relação à oferta, a Opep relata que o crescimento neste ano dos países que estão fora do cartel será de 1,9 milhão de bpd, quase em linha com o apontado no mês anterior.
Os principais países impulsionadores desse aumento foram os EUA, Canadá, Guiana, Rússia, China e Brasil. Por outro lado, Noruega e Tailândia devem ter queda na produção.
No ano que vem, a expectativa é que o crescimento na produção fora da Opep de 1,5 milhão de bpd sejam puxados por EUA, Noruega, Brasil, Canadá, Casaquistão e Guiana. Quem deve diminuir a oferta de petróleo são a Rússia e o México.
Ainda em relação à oferta, a Opep aponta sobre o cenário de incerteza da geopolítica no Leste Europeu, assim como o potencial de produção de xisto nos EUA em 2023.
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