As primeiras notas de Real emitidas no Brasil serão retiradas de circulação. A informação foi divulgada em uma instrução normativa publicada pelo Banco Central do Brasil (BC), afetando a chamada “primeira família do Real”.
De acordo com a orientação do BC, os bancos deverão recolher as cédulas antigas para substituí-las por novas. No entanto, apesar da medida, as notas antigas não perderão a validade e poderão continuar sendo usadas normalmente pela população.
“Considerando o tempo de vida útil dessas cédulas, é de se supor que suas condições físicas não estejam adequadas à circulação”, explicou o BC.
Lançadas em 1994, as notas da primeira família do real representam atualmente 3% do dinheiro em circulação. Entre as notas a serem recolhidas está a de R$ 10 em polímero, comemorativa dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil.
As cédulas que continuarão em circulação são da segunda família do real, que começaram a ser emitidas em 2010 com os valores de R$ 50 e R$ 100. Em 2012, foram introduzidas as novas notas de R$ 10 e R$ 20. Em 2013, foi a vez das notas de R$ 2 e R$ 5. A versão mais recente é a de R$ 200, lançada em 2020, que não existia na primeira família do real.
Notas de real: o que fazer com o dinheiro que tenho?
Se você possui uma das notas antigas da primeira família do Real, não é preciso se preocupar. As notas antigas continuam válidas e podem ser usadas normalmente. Elas podem ser utilizadas para compras e pagamentos do dia a dia sem restrições. Não há necessidade de correr aos bancos para trocá-las imediatamente.
Notas de Real: plano econômico completou 30 anos em 2024
O Real é a moeda oficial do Brasil desde 1 de julho de 1994, quando foi implementado como parte do Plano Real, um conjunto de medidas econômicas adotadas para estabilizar a economia e controlar a hiperinflação que assolava o país. Antes do real, o Brasil havia passado por várias moedas, como o cruzeiro e o cruzeiro real, sem sucesso em conter a inflação.
O Plano Real foi desenvolvido durante o governo do presidente Itamar Franco, com a liderança do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. A nova moeda foi introduzida com uma taxa de conversão de 1 para 1 em relação ao dólar americano, o que ajudou a ganhar a confiança da população e dos investidores.
Desde a sua criação, o Real passou por diferentes fases e desafios, incluindo crises econômicas e flutuações cambiais. Em 2010, foi lançada a segunda família de notas do real, com novos elementos de segurança e design atualizado para dificultar a falsificação.
Hoje, o Real é uma moeda consolidada e simboliza a estabilidade econômica alcançada pelo Brasil nas últimas décadas, apesar dos desafios econômicos e políticos que o país ainda enfrenta.
Money Week debate os 30 anos do Plano Real
Se você se interessa pela história do Real e por economia, fica aqui o convite para participar da Money Week. O evento, promovido pela EQI Investimentos, vai acontecer dia 2 de agosto em Balneário Camboriú, com posterior transmissão online e gratuita. Para participar, basta garantir sua vaga neste link.
Dentre os painéis que farão parte do evento, estará um exatamente sobre os 30 anos do Plano Real, que contará com as participações de Gustavo Franco, economista e ex-presidente do Banco Central, e de Pedro Parente, ex-ministro-chefe da Casa Civil (1999-2002) e ex-ministro do Planejamento (1999).
- Leia também: Real – o plano por trás da história; conheça o filme
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