Os economistas Ben Bernanke, ex-presidente do Fed (Banco Central norte-americano), Douglas Diamond, da Universidade de Chicago, e Philip Dybvig, da Universidade de Washington, foram premiados com o Nobel de Economia de 2022.
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O prêmio foi entregue por trabalhos que ajudaram os governos e os bancos centrais no enfrentamento da crise global de 2008 e analisam como o mundo conseguiu evitar uma depressão semelhante à ocorrida nos anos 1930.
Bernanke, que era presidente do Fed quando a crise financeira de 2008 estourou, hoje atua como professor-visitante-sênior da Brookings Institution. O economista John Hassler, da Universidade de Estocolmo, disse que o trabalho dos pesquisadores “se mostrou importante para entender a crise”.
O prêmio a Bernanke cita uma publicação de 1983 que sustenta que a quebra de bancos foi chave para que a recessão econômica nos anos 20 e 30 se tornasse a mais grave depressão do século 20. O ex-presidente do Fed se disse “incrivelmente honrado” por receber o prêmio e que estudar o tema o deixou “determinado a fazer tudo o que eu pudesse para tentar evitar o colapso do sistema financeiro, porque eu acreditava fortemente que, se isso acontecesse, derrubaria o resto da economia.”
Os historiadores atribuem agora a Bernanke o mérito de ter contribuído para “evitar uma calamidade econômica” ao conceber rapidamente novas políticas monetárias agressivas, com redução de taxas de juros, empréstimos a bancos e programas de compras de bônus — durante e após uma crise financeira instaurada em 2007 e que se estendeu pelos dois anos seguintes.
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Os bancos como fiadores da estabilidade do sistema
As pesquisas de Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig tinham o objetivo de verificar como colapsos bancários exacerbam a sensação de estresse causada pelas crises financeiras, uma vez que os bancos são as instituições que recebem os depósitos dos poupadores, e estes sempre podem querer acesso instantâneo ao dinheiro em caso de gastos inesperados ou em momentos de insegurança,
Assim, se um grande número de poupadores correr simultaneamente para o banco em busca de seu dinheiro, o boato pode se tornar uma profecia autorrealizável que força o colapso do da instituição. Os governos, então, devem agir com ofertas de seguro de depósito e atuar como credor de última instância para os bancos.
O Nobel de Economia
Os três pesquisadores vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 900 mil, ou cerca de R$ 4,6 milhões). O Nobel de Economia é entregue desde 1969 a pesquisadores escolhidos pelo Banco Central da Suécia, em parceria com a Universidade de Estocolmo.
No ano passado, o Nobel foi dividido também entre três pesquisadores: David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens, que estudaram os efeitos de salário mínimo, imigração e educação no mercado de trabalho.
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