Não é de hoje que as mulheres estão dominando o mercado de trabalho e principalmente, assumindo posições de confiança, alta carga e liderança. As mulheres CEOs são vistas cada vez mais nas empresas e ganham destaque no mercado e na mídia quando ocupam esse espaço em grandes companhias. Seja no Brasil ou em outros países, elas mostram que são capazes e vão encontrando seus espaços aos poucos até chegar ao topo da pirâmide dentro de seu trabalho. “Deus me livre de mulher CEO” O empresário Tallis Gomes foi o centro de uma polêmica no mundo dos negócios nesta semana após afirmar, em um post no Instagram, que “Deus me livre de mulher CEO” e que aquelas que ocupam esse cargo nas companhias “não fazem melhor uso da energia feminina”. A polêmica começou quando um usuário questionou Gomes: “Se sua mulher fosse CEO de uma grande companhia, vocês estariam noivos?”. A primeira resposta de Gomes foi a seguinte: “Deus me livre de mulher CEO. Salvo raras exceções, (eu particularmente só conheço 2); essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo planos.” O empresário seguiu seu texto afirmando que o estresse e a pressão que uma pessoa na posição de CEO passa deixa o indivíduo física e emocionalmente abalado. “Você precisa ser muito, mas muito cascudo para suportar.” Gomes encerrou no post afirmando que “homem que tem condição de bancar a sua mulher e não o faz, está perdendo o maior benefício de uma mulher, que é o uso da energia feminina nos lugares certos, lar e família.” A publicação de Tallis Gomes viralizou no mercado e foi amplamente criticada. Mulheres CEOs se posicionam diante de polêmica Entre os nomes que se manifestaram, mulheres tomaram partido da situação e em especial, Luiza Trajano, ex-CEO da rede Magazine Luiza ($MGLU) respondeu. No LinkedIn, Trajano relembrou a contratação da G4 Educação para um curso pontual do marketplace do grupo e afirmou que não concorda “em nada com o posicionamento de um dos sócios da empresa a respeito das mulheres”. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, também fez menção indireta ao caso durante palestra em Nova York na quinta-feira (19) no Pacto Global da ONU. De acordo com informações do Estadão, a mediadora, Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, abriu o debate questionando se estava “tudo bem ser uma mulher CEO à frente de um banco”. Medeiros respondeu de prontidão: “Gente, está tudo ótimo”, sendo aplaudida pelos presentes. A mediadora contextualizou a plateia e disse que havia polêmica nas redes sociais sobre o assunto. Tarciana ressaltou que está trabalhando para que a geração dela seja a última geração das “primeiras mulheres” em determinados cargos. Gabriela Onofre, do grupo Publicis, a influenciadora Nathália Rodrigues, do canal Nath Finanças, Carol Paiffer, do grupo Atom, entre outras mulheres que lideram grandes companhias, publicaram na rede para rebater o comentário e também enaltecer o trabalho de outras executivas. Estatísticas delas como CEOs Uma em cada três empresas de alto crescimento global é liderada por mulheres, de acordo com dados do GEM. Em 2021, havia aproximadamente 13 milhões de empresas de propriedade de mulheres nos Estados Unidos, representando 42% do total de negócios no país, conforme a National Association of Women Business Owners. As companhias fundadas por mulheres no portfólio da First Round Capital tiveram um desempenho 63% superior ao de empresas fundadas por homens. Além disso, as empresas lideradas por mulheres nos EUA geram uma receita anual de US$ 1,9 trilhão. Nos últimos 20 anos, o número de negócios liderados por mulheres nos EUA aumentou 114%, segundo dados da INC. Um relatório da All Raise e PitchBook mostrou que a proporção de startups com pelo menos uma fundadora mulher subiu para 21% em 2020, em comparação com 17% em 2019. No que diz respeito à presença feminina em cargos de liderança, em 2021, 8,8% das CEOs das empresas listadas na Fortune 500 eram mulheres, um aumento em relação aos 6,6% de 2019. Mulheres CEOs Confira quais são as CEOs mulheres que se destacam no mercado mundial pela presença marcante em seu cargo. Adena T. Friedman Presidente e CEO da Nasdaq, a segunda maior bolsa de valores dos EUA, Adena Friedman fez história como a primeira mulher a liderar uma grande bolsa americana. Sob sua gestão, transformou a Nasdaq em uma potência tecnológica global, operando mais de 100 mercados ao redor do mundo. Com mais de duas décadas de experiência no setor, ela impulsionou a inovação, criando o Nasdaq Private Market e adquirindo a eVestment. Além disso, Friedman é uma forte defensora da igualdade de gênero e diversidade no ambiente corporativo, servindo de inspiração para futuras líderes. Reprodução Wikimedia Commons Karen Lynch CEO da CVS Health, uma das maiores empresas de saúde do mundo, Karen Lynch está na companhia há mais de 30 anos. Sob sua liderança, a CVS expandiu o foco em cuidados preventivos e gestão de doenças crônicas. Durante a pandemia de COVID-19, desempenhou um papel crucial ao liderar a oferta de serviços de teste e vacinação. Reprodução Wikimedia Commons Roz Brewer Atual CEO da Walgreens Boots Alliance, Roz Brewer possui uma trajetória marcante, tendo ocupado cargos de alto nível na Starbucks e Sam’s Club. Ao longo de sua carreira, ela defende a diversidade e inclusão, implementando iniciativas para promover a igualdade de gênero e racial no ambiente corporativo. Reprodução Flickr IMÓVEIS X FUNDOS IMOBILIÁRIOS: QUAL A MELHOR OPÇÃO? DESCUBRA AQUI Mary Barra Como CEO da General Motors, Mary Barra é a primeira mulher a liderar uma grande montadora global. Ela é reconhecida por suas iniciativas em sustentabilidade e inovação na indústria automotiva. Barra também promoveu programas para aumentar a diversidade de gênero na GM e em toda a indústria. Reprodução Flickr Jane Fraser CEO do Citigroup, Jane Fraser fez história como a primeira mulher a liderar um grande banco de Wall Street. Ela é uma defensora da diversidade e inclusão no setor financeiro e lidera iniciativas para posicionar o Citigroup na transição para uma economia de baixo carbono. Reprodução Flickr Safra Catz CEO da Oracle, Safra Catz tem sido peça-chave no crescimento da empresa desde 1999, principalmente por meio de aquisições estratégicas. Reconhecida por sua liderança e visão financeira, Catz mantém a Oracle em constante adaptação no dinâmico setor de tecnologia. Reprodução Wikimedia Commons Julie Sweet CEO da Accenture (ACN; ACNB34), Julie Sweet lidera a empresa em mais de 120 países, promovendo transformação digital e sustentabilidade. Uma firme defensora da igualdade de gênero e diversidade, Sweet impulsiona a inovação e o crescimento desde que assumiu a liderança da empresa em 2019. Reprodução Flickr IMÓVEIS X FUNDOS IMOBILIÁRIOS: QUAL A MELHOR OPÇÃO? DESCUBRA AQUI Lisa Su Como CEO da AMD, Lisa Su é conhecida por sua competência técnica e visão estratégica. Sob sua liderança, a AMD se consolidou como uma das principais empresas do setor de semicondutores, focando em computação de alto desempenho e gráficos. Reprodução Wikimedia Commons Carol B. Tomé CEO da UPS desde 2020, Carol Tomé trouxe sua vasta experiência da Home Depot, onde foi CFO por mais de uma década. Ela é elogiada por sua habilidade financeira e operacional, ajudando a UPS a inovar e se adaptar às demandas do mercado e dos clientes. Reprodução UPS Corie Barry CEO da Best Buy desde 2019, Corie Barry é a primeira mulher a ocupar essa posição na empresa. Ingressou na Best Buy em 1999 e, sob sua liderança, a empresa prosperou, especialmente durante a pandemia, com foco em experiência do cliente, transformação digital e desenvolvimento de funcionários. Tem mulheres CEOs nas companhias da Bolsa de Valores? Sim! Entre as empresas da Bolsa de Valores Brasileira (B3), cinco companhias contam com mulheres CEOs. Mais eficazes em posições estratégicas e de decisão, segundo dados, as mulheres representam mais de 40% do quadro de funcionários nas empresas, mas ainda estão subrepresentadas na liderança, de acordo com informações da Forbes. Hoje em dia, somente 5% das posições de CEO no Brasil são ocupadas por mulheres (um aumento de apenas 1% em relação a 2023), segundo a Vila Nova Partners, que mapeou 83 empresas com ações listadas na B3. Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil, Magda Chambriard, da Petrobras, Magali Leite, da Espaçolaser, Jeane Tsutsui, do Fleury, e Cristina Betts, do Iguatemi, são as únicas CEOs mulheres à frente de companhias na bolsa brasileira. Conheça! Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil Fez história ao se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO do Banco do Brasil (BBAS3) em janeiro de 2023. Com mais de 20 anos de experiência na instituição, ela possui uma trajetória marcada por sua liderança em áreas de varejo e seguros. Tarciana tem se destacado por sua visão estratégica, voltada à inovação digital e ao fortalecimento da sustentabilidade financeira da organização. Reprodução: Ricardo Stuckert/PR Magda Chambriard, ex-CEO da Petrobras Ela foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e teve uma trajetória marcante no setor de energia do Brasil. Com vasta experiência na indústria de petróleo e gás, Magda exerceu um papel fundamental na regulamentação e desenvolvimento do pré-sal, além de ser uma figura influente em questões de governança no setor de óleo e gás e ter ocupado a cadeira da Petrobras (PETR3; PETR4). Reprodução: Jane de Araújo/Agência Senado Magali Leite, CEO da Espaçolaser Magali é líder da Espaçolaser (ESPA3), uma das maiores redes de depilação a laser do Brasil. Com vasta experiência no setor de franchising, sua gestão tem sido pautada pela expansão da marca e pelo compromisso com a excelência no atendimento. Magali tem contribuído de maneira significativa para o crescimento sustentável e a consolidação da Espaçolaser no mercado brasileiro. Reprodução Jeane Tsutsui, CEO do Grupo Fleury Jeane Tsutsui assumiu a liderança do Grupo Fleury (FLRY3), referência em medicina diagnóstica no Brasil, trazendo sua experiência como médica e executiva da área de saúde. Sua gestão é focada na expansão dos serviços, com ênfase em inovação tecnológica e personalização do atendimento. Jeane tem se destacado por promover a integração de cuidados médicos com soluções digitais, ampliando a atuação do Fleury. Reprodução Cristina Betts, CEO do Iguatemi Cristina Betts é a atual CEO do Iguatemi (IGTI11), um dos principais grupos de shopping centers do Brasil. Com uma sólida formação em finanças, Cristina tem impulsionado o crescimento da empresa com uma gestão estratégica focada em inovação e experiência do consumidor. Sob sua liderança, o Iguatemi tem buscado fortalecer sua presença digital e se posicionar como uma referência no setor de luxo. Reprodução Entre as mulheres CEOs, inspirações para seguir Conectadas nas redes sociais como o LinkedIn, saiba quais são as mulheres CEOs brasileiras para acompanhar na plataforma. Adriana Barbosa, Pretahub: CEO da Pretahub e idealizadora da Feira Preta, Adriana Barbosa foi reconhecida por seu impacto social em populações vulneráveis. Em 2023, participou do Fórum Econômico Mundial de Davos, discutindo liderança, inovação e equidade racial. Para Adriana, o mercado deve integrar e valorizar a criatividade e o potencial empreendedor das populações negras. Ana Karina Bortoni Dias, Banco BMG: formada em química, Ana transformou sua carreira ao ser contratada pela McKinsey e depois pelo Banco BMG, onde hoje é CEO. Ela lidera a transformação digital e cultural da instituição, com foco na agilidade e no comportamento das equipes. Claudia Woods, WeWork Latin América: conhecida por desafiar o status quo, Claudia é CEO da WeWork Latin America. Ela liderou startups no Brasil e nos EUA, incluindo Banco Original e Uber Brasil. Defende uma cultura corporativa flexível e adaptada às novas realidades de trabalho. Cristina Junqueira, Nubank: cofundadora e CEO do Nubank, Cristina Junqueira é uma das poucas mulheres não-herdeiras entre as mais ricas do mundo. Ela ajudou a criar um dos maiores bancos digitais, movida pela vontade de inovar e revolucionar o setor bancário. Cristina Palmaka, SAP Latin America & Caribbean: CEO da SAP (SAP; SAPP34) para América Latina e Caribe, Cristina defende a diversidade e inclusão como diferenciais competitivos no setor de tecnologia. Sob sua liderança, a SAP recebeu prêmios importantes, especialmente em igualdade de gênero e diversidade. Daniela Cachich, Ambev: Daniela lidera a área de Future Beverages da Ambev (ABEV3) e é conhecida por integrar inovação e diversidade. Antes mesmo da popularização do ESG, criou campanhas icônicas como “Retratos da Real Beleza” da Dove, e Doritos Rainbow na PepsiCo. Juliana Azevedo, Procter & Gamble Latin América: Juliana começou como estagiária na P&G (PGCO34) e, em 2018, tornou-se a primeira mulher a liderar a empresa no Brasil. Em 2022, foi promovida a CEO da P&G para a América Latina, sendo reconhecida por sua visão de liderança e impacto no mercado. Liliane Rocha, Gestão Kairós: CEO da Gestão Kairós, Liliane é uma referência em diversidade e inclusão. Eleita várias vezes entre as líderes globais de D&I, também é conselheira de grandes empresas e autora do livro “Como Ser um Líder Inclusivo”, onde aborda o conceito de “diversitywashing”. Maitê Lourenço, BlackRocks Startups: CEO da BlackRocks (BLAK34), Maitê conecta empreendedores negros a investidores. Psicóloga de formação, foi finalista do Startup Awards e premiada por sua atuação em diversidade. Sua missão é ampliar o espaço para negros no ecossistema de startups de tecnologia. Nina Silva, Movimento Black Money e D’Black Bank: fundadora do Movimento Black Money e do D’Black Bank, Nina foi eleita uma das mulheres mais poderosas do Brasil pela Forbes. Ela promove o empreendedorismo negro e lançou o Mercado Black Money, uma rede com mais de mil lojas voltada para consumidores antirracistas. Paula Bellizia, EBANX: Paula, ex-presidente da Microsoft Brasil e country manager da Apple, lidera a área de Global Payments no EBANX. Adepta de uma liderança humanizada, ela também faz parte do conselho do Grupo Globo e da ONG Gerando Falcões. Silvia Penna, Uber Brasil: Silvia venceu a “síndrome da impostora” ao assumir a direção da Uber Brasil (UBER; $U1BE34) em 2021, durante a pandemia. Sob sua gestão, lançou o Uber Flash, serviço de entrega de objetos. Equilibra sua liderança com a maternidade, em um ambiente que valoriza a licença parental. Tania Cosentino, Microsoft Brasil: Tania, CEO da Microsoft Brasil (MSFT; MSFT34), é uma líder ativa em programas de igualdade de gênero. Sob sua gestão, criou iniciativas de incentivo ao empreendedorismo feminino e diversidade em startups tecnológicas, promovendo um ambiente inclusivo. Tijana Jankovic, Rappi no Brasil: CEO da Rappi no Brasil, Tijana conciliou maternidade com momentos decisivos da carreira. Fluente em várias línguas, a executiva tem como objetivo promover a flexibilidade nas empresas e conectar culturas diferentes, além de expandir o Rappi no Brasil. Viveka Kaitila, GE Brasil: há mais de 25 anos na GE, Viveka foi uma das primeiras mulheres a ocupar cargos de liderança na empresa. Defende a diversidade como um fator essencial para a criatividade e o sucesso empresarial, investindo em flexibilidade e inovação no pós-pandemia. Você leu sobre mulheres CEOs. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! 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