Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Meta responde AGU sobre checagem de fatos

Meta responde AGU sobre checagem de fatos

A Meta (META; $M1TA34) respondeu nesta segunda-feira (13) os questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU) explicando como vai garantir o cumprimento legal da obrigação de combater crimes como racismo e homofobia em suas plataformas. As informações foram dadas em nota pela AGU dentro do prazo determinado para a companhia.

As respostas da Meta vão ser analisadas pela equipe da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD) e discutidas em reunião nesta terça-feira (14). “Agora, iremos proceder com uma análise minuciosa de seu conteúdo, adotando uma perspectiva técnica para compreender as implicações das mudanças no cotidiano das plataformas da Meta e seu impacto na vida dos brasileiros”, afirmou o ministro da AGU, Jorge Messias, à TV Globo.

Em nota, a AGU apontou que prevê uma reunião ainda mais técnica para o tema. A discussão será realizada com representantes dos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. De acordo com informações do G1, o governo tem pressa, mas busca reunir especialistas para “traduzir as informações” do que foi apresentado pela Meta. Nas palavras de um interlocutor do governo, a intenção é evitar ao máximo qualquer “pegadinha” nesse tema.

“A resposta da empresa será discutida em reunião técnica que deverá ocorrer ainda hoje (14), sob a coordenação da AGU, com a participação de representantes das pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR)”, informou a AGU.

O comunicado aponta ainda que somente após a análise, a AGU, junto com os demais órgãos vai se pronunciar sobre os próximos passos em relação ao assunto.

Notificação da Meta

A notificação extrajudicial foi a primeira reação oficial ao anúncio de que a Meta encerraria seu programa de checagem de fatos, iniciativa que reduzia a circulação de fake news e combatia discursos de ódio e preconceito, especialmente contra imigrantes, mulheres e a população LGBTQIA+.

“Manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para gerar desinformação sobre políticas públicas nem minar a legitimidade das instituições democráticas, nem causar pânico na população, porquanto tal atuar causa prejuízos concretos ao funcionamento eficiente do Estado Democrático de Direito”, destacou um trecho da notificação.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também reforçou a importância de um ambiente digital protegido contra desinformação e discurso de ódio: “Em cenário doméstico, igualmente, a preocupação com o respeito à liberdade de expressão e outros direitos fundamentais, que pressupõe um ambiente digital livre de desinformação e de discurso de ódio, constitui-se em uma pilastra fundamental antevista pela Constituição Federal.”

Além disso, a notificação enfatizou a necessidade de que a Meta cumpra seu dever de promover e proteger os direitos fundamentais, conforme a legislação brasileira: “Diante das mudanças anunciadas na política da Meta, é imprescindível destacar a necessidade da empresa de promoção e proteção dos direitos fundamentais, com respeito à legislação infraconstitucional e à Constituição de 1988. (…) Importa destacar, sobretudo, as providências que estão sendo e que serão adotadas para coibir violência de gênero, proteger crianças e adolescentes, prevenir racismo, homofobia, transfobia, suicídio e discurso de ódio, entre outros temas relacionados a direitos fundamentais.”

Posicionamento do Governo

O advogado-geral da União, Jorge Messias, havia antecipado que o governo não permaneceria “de braços cruzados” diante da mudança nas políticas da Meta. Em paralelo, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reuniu-se na última sexta-feira (10) com seu homólogo francês para discutir ações conjuntas de Brasil e França no combate à desinformação e ao uso político de redes sociais.

Discussão com o Presidente Lula e Ministros

As alterações anunciadas pela Meta motivaram uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte de seus ministros. A principal preocupação do governo é com a disseminação de informações falsas e discursos de ódio nas redes sociais.

Após o encontro, Rui Costa, ministro da Casa Civil, afirmou que a regulamentação das redes sociais será uma prioridade em 2025. Ele destacou que há um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados, mas que está parado devido à falta de consenso entre os parlamentares.

Como estratégia, será criado um grupo de trabalho composto por ministros, que terá como objetivo dialogar com parlamentares e representantes da sociedade civil para aprimorar as leis brasileiras no tema. O grupo também discutirá eventuais medidas com impacto econômico para as empresas.

Rui Costa afirmou que o governo tentará alinhar uma posição até a retomada das sessões da Câmara e do Senado, e, se houver consenso, aproveitará os projetos já existentes no Congresso Nacional.

Você leu sobre Meta e AGU. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!