Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira (19) revela que o mercado financeiro tem uma visão amplamente negativa sobre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por outro lado, a atuação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, é bem recebida pelos agentes financeiros. O levantamento entrevistou gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de 106 fundos do mercado financeiro localizados no eixo Rio-São Paulo.
A pesquisa mostra que 88% dos entrevistados avaliam o governo Lula de forma negativa. Em relação a Haddad, a desaprovação cresceu para 58%, um aumento significativo em comparação com levantamentos anteriores. Já Galípolo tem apenas 8% de reprovação, enquanto 45% o consideram positivo e 41% o avaliam como regular.
Críticas à política econômica
A visão predominante entre os entrevistados é de pessimismo em relação à economia brasileira. Segundo o levantamento, 93% acreditam que a política econômica está na direção errada, e 83% projetam uma piora econômica nos próximos 12 meses. Além disso, 58% consideram que o país pode entrar em recessão ainda este ano, enquanto 82% esperam que a inflação encerre 2025 em níveis mais altos do que no ano anterior.
Entre os principais fatores apontados como determinantes para a perda de popularidade do governo Lula, os entrevistados destacaram a alta dos preços dos alimentos (64%), erros na política econômica (56%), aumento de impostos (41%) e a crescente insegurança urbana (36%).
Mudança na percepção sobre Haddad
A imagem de Haddad entre os agentes do mercado piorou consideravelmente desde dezembro de 2024. A desaprovação saltou de 24% para 58%, enquanto a avaliação positiva despencou de 41% para apenas 10%.
O levantamento também mostrou que 85% dos entrevistados consideram que Haddad perdeu força dentro do governo.
Aprovação da gestão de Galípolo
Diferentemente de Lula e Haddad, Gabriel Galípolo tem uma percepção mais favorável no mercado. Entre os entrevistados, 45% avaliam sua gestão no Banco Central como positiva, enquanto 41% consideram regular. Apenas 8% reprovam seu desempenho.
Além disso, 38% dos agentes financeiros classificam suas decisões como técnicas, e uma parte significativa (49%) acredita que sua administração é similar à do ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Expectativas para 2026
O levantamento também abordou as perspectivas para a próxima eleição presidencial. Para 60% dos entrevistados, Lula será candidato à reeleição, embora 66% não o considerem favorito.
Esses dados reforçam a percepção de que a economia e a condução política do governo Lula serão pontos centrais no debate eleitoral dos próximos anos.
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