O governo de Pequim planeja cortar até 50% o imposto sobre transação em ações no mercado de capitais da China. É o que dizem fontes ligados ao mercado chinês e, de acordo com elas, essa seria uma tentativa do governo de Pequim em revitalizar o mercado de capitais do país, que tem sido impactado por uma crise imobiliária.
De acordo com a Reuters, reguladores, incluindo o Ministério das Finanças, sob a supervisão do Conselho de Estado, apresentaram uma proposta ao gabinete no início deste mês para executar a proposta. Segundo duas das fontes, uma decisão a respeito poderá ser anunciada já nesta sexta-feira (25).
Mercado de capitais da China: corte seria o primeiro significativo em 15 anos
A proposta envolve um corte no atual imposto de 0,1% aplicado sobre as transações de títulos. As fontes afirmam que a sugestão apresentada contempla uma redução de 20% ou uma redução mais substancial de 50%. Caso concretizada, esta última opção representaria a primeira redução significativa desde o ano de 2008 – ano da crise do subprime, que abalou o mercado internacional.
Mas a publicação diz que a tendência aponta para um corte de 50%, conforme revelaram as fontes, embora os detalhes finais não tenham sido previamente divulgados. Todas as fontes preferiram não ser identificadas, alegando que não possuíam autorização para falar com a mídia.
Até o momento, o Gabinete de Informação do Conselho de Estado, responsável por questões de comunicação em nome do governo, ainda não respondeu aos pedidos de comentários. Da mesma forma, nem o Ministério das Finanças nem a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) deram qualquer resposta em relação à situação sobre o mercado de capitais da China.
