O Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar a taxa de juros na zona do euro em 0,25 ponto, em linha com o que esperava o mercado. A taxa de refinanciamento passou de 3,75% para 4%; enquanto a taxa de empréstimos foi de 4% a 4,25%; e a taxa de depósito foi de 3,25% para 3,50%.
Em sua decisão, a autoridade monetária na zona do euro verificou que a inflação europeia deve ficar em 5,4% no fim do ano, em 3% para 2024 e em 2% para 2025. Já o núcleo do CPI deverá atingir 5,1% ao fim deste ano, 3% no ano que vem 2024 e 2,3% em 2025.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco econômico deverá crescer 0,9% neste ano; 1,5% no ano que vem e mais 1,6% para 2025.
Juros na zona do euro: inflação deve permanecer ainda elevada
O BCE lembrou que, apesar da desaceleração, a inflação no bloco de países deve continuar elevada ainda por, um tempo. E, portanto, a taxa de juros devem atingir níveis restritivos e tudo dependerá dos dados econômicos que vierem daqui para a frente para a tomada de decisões.
“O aumento de hoje das taxas de juro reflete a avaliação atualizada do Conselho do BCE das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária”, informou o banco europeu, em comunicado.
O comunicado diz ainda que os custos do endividamento subiram de forma acentuada e o crescimento dos empréstimos está em processo de abrandamento. “A maior restritividade das condições de financiamento é uma razão importante porque se projeta que a inflação desça no sentido do objetivo, pois deverá refrear cada vez mais a procura”, informou.
As futuras decisões do Conselho do banco europeu buscarão assegurar que as taxas de juros da zona do euro sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos para conseguir atingir o objetivo que é de chegar a inflação ao patamar de médio prazo de 2% e sejam mantidas nesses níveis enquanto for necessário.
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