O banco de investimentos Julius Baer divulgou nesta quarta-feira (29) o rebaixamento da avaliação das ações brasileiras de “overweight” (acima da média) para “neutro”. A decisão segue os movimentos recentes dos bancos JP Morgan e Morgan Stanley, que também ajustaram suas perspectivas para os papéis do país.
A instituição suíça justificou a medida como uma “corrosão de credibilidade fiscal” pela reação do mercado ao anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que trouxe impactos significativos no ambiente financeiro.
Apesar de o governo ter apresentado avanços em algumas frentes econômicas, a percepção dos investidores tem oscilado, sobretudo em relação às incertezas sobre a política fiscal e seus desdobramentos. Esse é mais um movimento de incerteza do mercado após o anúncio desta semana.
Com rebaixamento de ações brasileiras, banco recomenda renda fixa
Ainda em seu comunicado, o Julius Baer recomendou que investidores interessados em ampliar sua exposição ao mercado brasileiro priorizem a renda fixa. O segmento tem se mostrado mais atrativo em meio a um cenário de juros elevados, que oferecem retornos competitivos e menor volatilidade em comparação às ações.
O ministro da Fazenda confirmou nesta semana que o governo adotará isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. Por outro lado, quem ganha acima de R$ 50 mil, irá pagar uma fatia maior, mas ele não especificou quanto. As medidas, de acordo com ele, trarão uma economia de R$ 70 bilhões nos dois próximos anos.
Em pronunciamento em rádio e TV, Haddad assegurou que essas mudanças serão executadas “sem excessos” e respeitando padrões internacionais. “Essa medida, combinada à Reforma Tributária fará com que grande parte do povo brasileiro não pague nem Imposto de Renda e nem imposto sobre produtos da cesta básica, inclusive a carne”, explicou.
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