A inflação na zona do euro registrou um aumento inesperado em julho, conforme dados prévios divulgados nesta quarta-feira (31) pela Eurostat.
A taxa anual de inflação nos 20 países que utilizam o euro subiu para 2,6% em julho, ante 2,5% em junho. O núcleo da inflação, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, manteve-se estável em 2,9%, contrariando a expectativa de declínio.
A inflação da zona do euro caiu significativamente desde que atingiu dois dígitos no final de 2022, impulsionada pela rápida reabertura econômica pós-pandemia de Covid-19 e pelo aumento dos preços dos combustíveis após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Entretanto, esse progresso tem estagnado nos últimos meses, à medida que os preços no setor de serviços são pressionados por salários mais altos.
Inflação na zona do euro: expectativa de corte de juros em setembro mantida
Apesar do resultado desfavorável, os dados não parecem ter alterado significativamente as expectativas do mercado de que o Banco Central Europeu (BCE) possa cortar as taxas de juros em setembro. No entanto, aumentam as preocupações sobre os desafios persistentes nos esforços do BCE para controlar a inflação.
Em um pequeno sinal positivo para o BCE, a inflação no setor de serviços diminuiu ligeiramente de 4,1% em junho para 4%.
O BCE tem enfatizado que não será influenciado por dados isolados, concentrando-se na tendência mais ampla da inflação. A expectativa é que a inflação se mantenha nos níveis atuais este ano, antes de recuar para a meta de 2% em 2025.
O mercado projeta mais cortes de juros pelo BCE, sendo um em setembro, juntamente com o Fed, banco central americano, e outro em dezembro. Vale lembrar que a zona do euro saiu na frente e cortou juros em 25 pontos-base em junho. Na reunião de julho, o banco central preferiu ser conservador e manteve os juros para analisar mais dados antes de promover novo corte.
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