A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro registrou uma leve desaceleração em março, caindo para 2,2%, ante os 2,3% verificados em fevereiro, segundo dados revisados divulgados nesta quarta-feira (16) pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia.
O número confirma a estimativa preliminar divulgada anteriormente e veio em linha com as projeções de analistas, indicando estabilidade nas expectativas do mercado.
Na comparação com o mês anterior, o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% em março, também em conformidade com as previsões dos especialistas.
Já o núcleo do CPI — que exclui os voláteis preços de energia e alimentos — teve alta de 2,4% em relação a março do ano passado. O resultado mostra uma desaceleração em relação ao avanço de 2,6% registrado em fevereiro. Na variação mensal, o núcleo do índice apresentou aumento de 1% em março.
As taxas anuais mais baixas registaram-se em França (0,9%), Dinamarca (1,4%) e Luxemburgo (1,5%). As taxas anuais mais elevadas foram registadas na Romênia (5,1%), Hungria (4,8%) e Polônia (4,4%). Em comparação com fevereiro de 2025, a inflação anual diminuiu em dezesseis estados-membros da zona do euro, manteve-se estável em um e aumentou em 10.
Em março de 2025, a maior contribuição para a inflação veio do setor de serviços (+1,56 pontos percentuais, p.p.), seguido de alimentos, álcool e tabaco (+0,57 p.p.), bens industriais não-energéticos (+0,16 p.p.) e produtos energéticos (-0,10 p.p.).
CPI às vésperas de decisão de juros
Os dados reforçam a leitura de que as pressões inflacionárias seguem diminuindo de forma gradual na região, o que pode influenciar as próximas decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O BCE vem sinalizando cautela em relação a eventuais cortes nas taxas de juros, aguardando sinais mais firmes de controle da inflação. A próxima decisão de juros acontece na quinta-feira (17).
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