O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) da terceira quadrissemana de abril de 2022 variou 1,47%. O índice, um dos medidores mais ágeis da inflação no país, desacelerou em relação à segunda quadrissemana, quando havia chegado a 1,84%.
Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 11,04% – na semana passada, esse valor era de 11,45%. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).
Alta menor, mas ainda forte
O índice teve queda em quatro das oito classes de despesa:
- Habitação – de 1,81% para 0,61%
- Transportes – de 3,60% para 2,86%
- Alimentação – de 1,97% para 1,82%
- Vestuário – de 1,19% para 1,11%
Dentro dessas classes, vale mencionar o comportamento de alguns itens específicos que, embora em alta, tiveram desaceleração. Ainda assim, pode-se verificar que combustíveis e alimentos continuam puxando para cima a pressão da inflação no Brasil:
- tarifa de eletricidade residencial – de 2,30% para -2,08%
- gasolina – de 7,80% para 5,45%
- hortaliças e legumes – de 13,29% para 11,50%
- roupas masculinas – de 1,36% para 1,09%
Itens com inflação ainda acelerada
Outros quatro grupos tiveram alta em sua variação em relação à segunda quadrissemana:
- Educação, Leitura e Recreação – de 1,35% para 1,86%
- Saúde e Cuidados Pessoais – de 0,65% para 0,80%
- Despesas Diversas – de 0,60% para 0,84%
- Comunicação – de 0,00% para 0,01%
Nestas classes, apresentaram variação relevante para cima os itens passagens aéreas (de 7,04% para 10,50%), medicamentos em geral (1,75% para 2,61%), serviços bancários (0,69% para 1,24%) e tarifa de telefone residencial (0,43% para 0,82%).
A tabela abaixo mostra a divisão por classes de despesa nas últimas cinco quadrissemanas:
O que é o IPC-S
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) mede quadrissemanalmente a inflação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários-mínimos mensais. Embora a coleta seja semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento.
No caso da terceira quadrissemana, o cálculo vai do dia 23 do mês anterior até o dia 22 do mês atual. O objetivo do cálculo é detectar com agilidade o impacto da inflação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias.
Os preços são verificados em sete capitais do Brasil: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. São levados em conta os seguintes setores: Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes e Despesas Diversas.
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