O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, registrou alta de 1,04% na segunda quadrissemana de maio, confirmando o processo de desaceleração da pressão inflacionária.
Na quadrissemana anterior, o índice havia sido de 1,33%. Esta foi a terceira queda seguida desde abril, quando o índice bateu no topo de 1,72% por duas semanas seguidas.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (18) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, vinculado ao Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Evolução da inflação em SP nas últimas oito semanas – Fonte: IPC-Fipe
Alimentação reduz alta, mas ainda pressiona inflação
Nesta leitura, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe tiveram alta menor que na semana anterior. Mesmo assim, o setores de alimentação e transportes seguem exercendo forte pressão, sendo responsáveis, juntos, por mais da metade do índice:
- Alimentação: 2,20% (2,81% na quadrissemana anterior)
- Transportes: 1,62% (1,84%)
- Habitação: -0,43% (0,0%)
- Saúde: 0,40% (0,51%)
Os outros três componentes tiveram variação maior que na semana anterior, mostrando que a pressão da inflação segue viva no cenário macroeconômico nacional:
- Despesas Pessoais: 2,16% (1,92% na quadrissemana anterior)
- Vestuário: 1,21% (1,15%)
- Educação: 0,11% (0,10%)
O impacto de cada componente na inflação em São Paulo – Fonte: IPC-Fipe
O que é o IPC-Fipe?
O IPC-Fipe, conhecido como Índice de Preços ao Consumidor, avalia a evolução do custo de vida das famílias que moram em São Paulo e é um dos índices utilizados pelo mercado para acompanhar o avanço da inflação. Ele estima as variações do custo de vida das famílias com renda familiar entre 1 e 10 salários mínimos.
O indicador é um dos mais antigos cálculos de inflação do Brasil. Ele começou a ser calculado em janeiro de 1939 pela Divisão de Estatística e Documentação da Prefeitura de São Paulo. Em 1968, a responsabilidade do cálculo foi transferida para o Instituto de Pesquisas Econômicas, vinculado ao Departamento de Economia da USP e, posteriormente em 1973, com a criação da Fipe, para esta instituição.
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