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Inflação ao consumidor (CPI) nos EUA avança 0,2% em julho, dentro do esperado

Inflação ao consumidor (CPI) nos EUA avança 0,2% em julho, dentro do esperado

Em 12 meses, CPI ficou em 3,2%

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos avançou 0,2% em julho, após alta de 0,2% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a inflação nos EUA ficou em 3,2%. Os dados com ajuste sazonal foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

Os dados de inflação ao consumidor nos EUA ficaram dentro do esperado por especialistas consultados pelo Refinitiv. Analistas projetavam uma alta de 0,2% na leitura mensal e um avanço de 3,3% no acumulado de 12 meses.

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O aumento se deve, em parte, à forma como os custos de energia são contabilizados no índice, já que na base anual, para julho, a inflação não reflete mais a queda expressiva dos preços flutuantes da gasolina em junho de 2022, quando a média era de US$ 5 por galão.

O núcleo da inflação, que desconsidera preços mais voláteis, como de alimentos e energia, subiu 0,2% no mês e foi para 4,7% nos últimos 12 meses. Em junho, a taxa acumulada estava em 4,8%.

Os dados para o núcleo da inflação nos EUA ficaram dentro das projeções. Analistas consultados pelo Refinitiv estimavam uma variação mensal de 0,2% e anual de 4,8%.

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CPI por categorias: variação em 12 meses. Imagem: BLS

Dados de inflação em linha devem aliviar pressão sobre juros

O resultado da inflação nos EUA em linha com as estimativas de analistas reforça a tese de que o banco central dos Estados Unidos, Federal Reserve, deve manter as taxas de juros no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano até o próximo ano.

Na última reunião de política monetária, em 26 de junho, o Fed decidiu elevar a taxa de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, ao retomar o ciclo de alta iniciado durante o ano passado e interrompido na reunião de junho.

A decisão veio em linha conforme consenso dos analistas do mercado. Segundo o Fed, o país ainda enfrenta fortes pressões inflacionárias vindas do mercado de trabalho e da atividade econômica, e isso justifica a retomada do aperto monetário.

O Federal Reserve costuma analisa o núcleo da inflação com mais atenção, que mede o preço de todos os bens e serviços, excluindo preços voláteis, para ter uma noção melhor da direção da inflação nos EUA. Em junho, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, disse que não esperava que o núcleo da inflação voltasse à meta de 2% até 2025.

Tá, e aí?Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, aponta que os números do CPI vieram em linha com as expectativas do mercado, o que é positivo.

O grande destaque fica para o núcleo da inflação, que exclui preços mais voláteis. O item recebe grande atenção do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nas decisões de política monetária. “Houve alta de 0,20%, mas isso acaba sendo positivo, de maneira que até o primeiro semestre deste ano o dado ficava no patamar de 0,40%”, disse.

Segundo Kautz, caso o núcleo do CPI permaneça no patamar entre 0,10% e 0,20%, indicará uma desaceleração relevante, que o Fed levará em conta para as próximas decisões sobre os juros.

Para o especialista, os dados reforçam a visão de que o banco central dos Estados Unidos deve encerrar o ciclo de alta dos juros na próxima reunião, mas é preciso aguardar mais números a serem divulgados até o encontro.

Ouça o comentário completo abaixo.

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