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Índices de inflação: IPC-S sobe 0,35%; IPGF recua 0,08%

Índices de inflação: IPC-S sobe 0,35%; IPGF recua 0,08%

A FGV divulgou dois índices de inflação nesta segunda-feira (23).

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal da FGV (IPC-S) da terceira quadrissemana de outubro de 2023 subiu 0,35% e acumula alta de 3,81% nos últimos 12 meses.

Nesta apuração, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação cuja taxa de variação passou de 2,84%, na segunda quadrissemana de outubro de 2023 para 3,44% na terceira quadrissemana de outubro de 2023. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item passagem aérea, cujo preço variou 21,05%, ante 17,32% na edição anterior do IPC-S.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (-0,46% para -0,22%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,12% para 0,24%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: carnes bovinas (-1,75% para -0,52%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,42% para 0,27%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (0,21% para -0,10%), Habitação (0,32% para 0,14%), Vestuário (0,27% para 0,22%) e Comunicação (0,08% para 0,07%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: gasolina (0,12% para -0,84%), aluguel residencial (0,72% para 0,02%), roupas masculinas (0,62% para 0,44%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para -0,18%).

Mais indicadores: IPGF

Outro dado divulgado nesta segunda-feira pela FGV foi o Índice de Preços dos Gastos Familiares (IPGF), que recuou 0,08% em setembro. Com esse resultado, o índice acumula elevação de 2,22% no ano e de 3,63% em 12 meses. No mesmo período, o índice oficial de inflação acumula 3,50% no ano e 5,19% em 12 meses.

O IPGF é um novo índice de preços da FGV, em que os pesos da cesta de consumo são atualizados mensalmente. Essa característica do índice contribui para que as alterações nas preferências do consumidor sejam captadas com mais agilidade. Em decorrência disso, o IPGF tem acumulado uma inflação menor no longo prazo comparativamente aos índices tradicionais como o IPCA (IBGE) ou o IPC (FGV IBRE).

O resultado do IPGF de agosto, que fora divulgado como elevação de 0,03%, foi revisado conforme previsto metodologicamente: seu resultado foi uma inflação de 0,19%; ainda abaixo, mas mais próximo do resultado do IPCA à época: 0,23%.

Os recentes resultados apontam uma sutil reaceleração da inflação interanual. Em agosto, o IPGF acumulava 2,74% em 12 meses. No mesmo período do ano passado, o índice acumulado desacelerava de 8,83% em agosto de 2022 para 6,21% em setembro do mesmo ano (passando, pela primeira vez desde a pandemia, a acumular menos inflação que o registrado no IPCA).

O economista responsável pela pesquisa, Matheus Peçanha, comenta que essa tendência do índice se deve ao fato de que a construção dos pesos, entre outros fatores, possibilita a percepção do chamado “efeito substituição”: “Quando, por exemplo, o consumidor substitui arroz por macarrão ou carne vermelha por carne branca, ou ainda deixa de consumir combustível e passa a usar mais o transporte público devido ao aumento de preços, os itens substituídos perdem peso na cesta de consumo das famílias e seus aumentos de preço passam a comprometer menos o custo de vida e vice-versa. Assim, no longo prazo, esse efeito acaba gerando um número menor de inflação”, explica Peçanha.

A maior contribuição no terreno positivo para o índice se deve, novamente, ao grupo Transportes, que apresentava inflação de 1,10% em 12 meses até agosto e agora acelerou para 7,88% em setembro, graças, sobretudo, ao impacto dos combustíveis. Dentro do grupo, os itens que mais contribuíram para o avanço da taxa interanual foram a “gasolina” (de 3,94% para 16,56%); “etanol” (de -7,76% para 4,68%) e “óleo diesel” (de -22,81% para -10,93%).

Outros três grupos apresentaram aceleração: Alimentação (de -4,14% para -3,91%); Comunicação (de -6,72% para 1,56%) e Serviços Prestados às Famílias e Atividades Pessoais (de 5,43% para 5,54%). O grupo Educação manteve-se estável, acumulando alta interanual de 8,35%.

No caso do grupo Alimentação, apesar de acelerar em termos interanuais, sua manutenção em terreno negativo pelo quinto mês consecutivo foi a principal contribuição para a redução do índice (-0,24 pp).

Os cinco grupos restantes do IPGF apresentaram desaceleração em sua taxa interanual de agosto para setembro: Habitação (de 5,04% para 3,18%), Artigos de Residência (de -3,27% para -3,38%), Vestuário (de 4,06% para 3,81%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 10,62% para 10,12%) e Despesas Pessoais (de 10,83% para 9,36%).

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