Entre os 55 países em que a Zara está presente, o Brasil está entre os mais caros para comprar roupas marca, segundo um ranking elaborado pelo banco BTG Pactual (BPAC11).
O chamado “Índice Zara” compara a diferença nos custos de operação e níveis de preços da varejista de moda em diferentes países, e coloca o Brasil como o 11° mais caro para comprar peças.
O estudo do banco é inspirado no “Índice Big Mac”, da revista “The Economist”, e usa a rede com presença global como referência para analisar qual seria a competitividade de cada economia para o setor de varejo como um todo.
“Ao usar a Zara para o nosso universo de varejo, conseguimos ter uma amostra da competitividade e do custo-Brasil”, explica o analista Luiz Guanais, um dos economistas responsáveis pela pesquisa.
Em 2022, o preço médio das roupas da Zara vendidas no Brasil, quando convertido para dólares, era 1% mais caro do que os preços das mesmas peças nos Estados Unidos.
Entre os países onde os consumidores vão encontrar as roupas mais baratas da Zara estão a matriz, a Espanha, que é o quarto local com os preços mais baixos. A Grécia tem a localização mais barata do ranking, com preços médios 36% mais baixos, quando convertidos para dólares.
Veja, a seguir, o Índice Zara, com a diferença do preço médio de cada país, em dólares, em relação aos Estados Unidos:
- 1°. Israel: 16%;
- 2°. Arábia Saudita: 15%;
- 3°. Equador: 14%;
- 4°. Suíça 12%;
- 5°. Singapura: 11%;
- 6°. Tailândia: 7%;
- 7°. Rússia: 6%;
- 8°. Uruguai: 4%;
- 9°. Vietnã: 3%;
- 10°. Marrocos: 2%;
- 11°. Brasil: 1%;
- 55°. Grécia: -36%.
Índice Zara: Shein custa 70% mais no Brasil do que nos EUA
Apesar de sua popularidade por preços mais baixos do que outras varejistas de moda – incluindo a Zara –, a Shein é cerca de 70% mais cara no Brasil do que nos Estados Unidos, segundo o estudo do BTG Pactual.
Com o ajuste da paridade do poder de compra (PPP), que leva em conta as diferenças de custo de vida entre países para tornar os valores comparáveis, os preços da Shein no Brasil ficam 219% mais altos do que nos Estados Unidos.
“Combinado com um aumento potencial na tributação (impostos de importação mais altos), isso deve significar que a Shein competirá em condições semelhantes (ou pelo menos mais próximas) às dos produtores/varejistas locais (o que poderia resultar em preços mais altos)”, discutem os analistas.