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Indicado de Trump defende tarifas e acusa China de roubo de tecnologia 

Indicado de Trump defende tarifas e acusa China de roubo de tecnologia 

Howard Lutnick defende tarifas contra China, México e Canadá, acusa roubo tecnológico e propõe maior regulação de stablecoins em sua sabatina no Senado

O bilionário Howard Lutnick, indicado para o cargo de secretário do Comércio dos Estados Unidos, defendeu nesta quarta-feira (29) a imposição de tarifas a países como China, México e Canadá, durante sua sabatina no Senado. 

Em seu discurso, ele reiterou a necessidade de fortalecer a economia americana por meio de barreiras comerciais e afirmou que a China estaria se beneficiando dos avanços tecnológicos dos EUA.

Além da questão tarifária, um dos pontos centrais da sabatina foi sobre a concorrência tecnológica entre os EUA e a China no setor de inteligência artificial (IA). Lutnick afirmou que os EUA devem garantir um modelo americano de IA líder no mundo e acusou a China de usar ferramentas e tecnologia americanas para competir no setor.

Ele citou especificamente a DeepSeek, startup chinesa que lançou um novo modelo de IA, alegando que a empresa utilizou tecnologia roubada dos Estados Unidos para reduzir custos. 

Como isso poderia ser mais evidente do que nesta semana, quando o DeepSeek, uma IA chinesa, disse que conseguiu criar coisas a um custo extremamente baixo?“, questionou Lutnick. 

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Como? Aproveitando o que eles pegaram de nós, roubaram de nós. É ultrajante, e isso precisa ser resolvido“, responde ao próprio questinamento. 

O bilionário e CEO da Cantor Fitzgerald defendeu políticas mais rígidas para proteger a propriedade intelectual americana e evitar que empresas chinesas continuem se beneficiando de tecnologia desenvolvida nos EUA. 

A China quer nos prejudicar. Precisamos parar de ajudá-los e proteger nossa tecnologia“, afirmou.

Tarifas para reforçar economia e “reconquistar respeito”

Lutnick também ofereceu a sua visão em relação às tarifas comerciais. Segundo o bilionário, elas são necessárias para recuperar o respeito dos EUA no comércio global.

Outros países se aproveitaram da nossa bondade e não nos respeitam em acordos comerciais. As tarifas são uma maneira de reconquistar respeito, garantir tratamento justo e recíproco“, declarou.

O indicado ao cargo de secretário do Comércio enfatizou que as tarifas sobre produtos da China serão as mais altas, mas indicou que a União Europeia também poderá ser alvo de medidas protecionistas. Ele classificou como “errado” o fato de os EUA não conseguirem vender carros elétricos na Europa e prometeu reverter essa situação.

Além disso, Lutnick mencionou que as tarifas sobre China, México e Canadá também visam exigir maior controle sobre fronteiras, uma das prioridades do governo Trump. No entanto, ele esclareceu que as tarifas regulares só serão aplicadas após a conclusão de estudos previstos para abril.

Impacto na inflação e defesa do modelo tarifário

Ao ser questionado por senadores sobre o impacto das tarifas nos preços para os consumidores americanos, Lutnick evitou garantir que os custos não subirão. 

Posso me comprometer que a economia será melhor, mesmo que os preços aumentem um pouco, mas nem todas as medidas e políticas serão inflacionárias“, disse.

Ele rejeitou a tese de que as tarifas provocarão alta na inflação, argumentando que países como China e Índia já aplicam tarifas elevadas sem sofrer com inflação descontrolada. “É um completo absurdo pensar que tarifas são inflacionárias“, afirmou.

Stablecoins e segurança financeira

Outro tema abordado na audiência foi a regulamentação das stablecoins – criptomoedas atreladas a ativos tradicionais, como o dólar. 

Lutnick defendeu que essas moedas digitais sejam auditadas e totalmente lastreadas em títulos do Tesouro dos EUA, como forma de garantir sua segurança e transparência.

A senadora democrata Elizabeth Warren criticou Lutnick por seus laços com a Tether, principal stablecoin do mercado, destacando que sua empresa, Cantor Fitzgerald, detém a maioria dos ativos que garantem a moeda digital. 

Warren afirmou que a Tether foi usada para financiar programas nucleares da Coreia do Norte e empresas de armamentos da Rússia, levantando preocupações sobre a relação de Lutnick com a criptomoeda.

Durante a audiência, o bilionário argumentou que a Tether, por ser a maior stablecoin do mundo, acaba sendo mais utilizada por criminosos do que outras criptomoedas, mas não respondeu diretamente às críticas sobre os possíveis riscos de sua atuação no setor.

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