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Inflação: IGP-10 desacelera e varia 0,45% em julho

Inflação: IGP-10 desacelera e varia 0,45% em julho

A FGV divulgou nesta quarta-feira (17) o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), que em julho apresentou desaceleração, com destaque para a queda nos preços dos alimentos in natura e a menor variação nos custos de materiais e mão de obra na construção civil.

O IGP-10 registrou uma variação de 0,45%, abaixo da taxa de 0,83% observada em junho. Com este resultado, o índice acumula um aumento de 1,63% no ano e de 3,38% nos últimos 12 meses. Em julho de 2023, o índice havia caído 1,10% no mês e acumulava uma queda de 7,89% em 12 meses.

Segundo André Braz, economista responsável pela pesquisa, “apesar dos efeitos sazonais e da desvalorização mais acentuada do real frente ao dólar, os índices componentes do IGP-10 mostraram desaceleração de junho para julho. No âmbito do produtor, a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu para essa desaceleração. No IPC, índice que mede a variação do custo de vida, esse efeito também foi registrado, resultando em deflação no grupo alimentação. Finalmente, no INCC, tanto os materiais quanto a mão de obra apresentaram menor aumento em julho”.

IGP-10 de julho: desempenho dos índices componentes

O IGP-10 é composto por preços ao produtor, ao consumidor e custo da construção, na proporção de 60%, 30% e 10%, respectivamente:

  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): Teve alta de 0,49% em julho, inferior à taxa de 0,88% registrada no mês anterior. Os preços dos Bens Finais subiram 0,07% em julho, desacelerando em relação ao aumento de 1,09% de junho, influenciados principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa variou de 3,30% para -3,99%. O índice de Bens Finais (ex), excluindo alimentos in natura e combustíveis para consumo, subiu 0,49%, também abaixo da alta de 0,94% de junho.
  • Índice de Preços ao Consumidor (IPC): Variou 0,24% em julho, comparado a 0,54% em junho. Cinco das oito classes de despesa registraram decréscimo nas taxas de variação: Alimentação (0,97% para -0,12%), Habitação (0,52% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,75% para 0,41%), Transportes (0,37% para 0,28%) e Comunicação (0,26% para 0,08%). Os itens mais influentes foram hortaliças e legumes (6,53% para -3,14%), aluguel residencial (1,18% para 0,02%), artigos de higiene pessoal (1,86% para 0,75%), transporte por aplicativo (5,40% para -6,45%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,58% para 0,01%).
  • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): Registrou variação de 0,54% em julho, abaixo da taxa de 1,06% de junho. Os grupos Materiais e Equipamentos passaram de 0,45% em junho para 0,38% em julho. Serviços recuaram de 0,39% para 0,08%, enquanto Mão de Obra desacelerou significativamente de 1,96% em junho para 0,83% em julho.

O que é o IGP-10 de julho?

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) é um indicador econômico calculado pela Fundação Getulio Vargas que mede a variação dos preços em diferentes setores da economia brasileira. Ele é uma versão do Índice Geral de Preços (IGP), mas com uma periodicidade de coleta e divulgação mensal que vai do dia 11 de um mês ao dia 10 do mês seguinte. O IGP-10 é composto por três subíndices principais:

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  1. Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): Representa 60% do IGP-10 e mede a variação dos preços no setor atacadista, abrangendo produtos agrícolas, industriais e pecuários.
  2. Índice de Preços ao Consumidor (IPC): Corresponde a 30% do IGP-10 e avalia a variação dos preços de um conjunto de bens e serviços adquiridos pelas famílias, refletindo o custo de vida.
  3. Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): Compõe 10% do IGP-10 e mede a variação dos preços de materiais, serviços e mão de obra na construção civil.

IGP-10 de julho: objetivos e utilização

O IGP-10 é utilizado para diversas finalidades, incluindo:

  • Ajuste de Contratos: É frequentemente utilizado como referência para reajustar contratos de aluguel, tarifas de serviços públicos e outros tipos de contratos.
  • Política Econômica: Serve como uma ferramenta para formuladores de políticas públicas, ajudando a monitorar e combater a inflação.
  • Análises Econômicas: Economistas, analistas de mercado e empresas utilizam o IGP-10 para realizar projeções e análises econômicas, devido à sua ampla abrangência setorial.

Metodologia

  • Coleta de Dados: Os preços são coletados entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência.
  • Cálculo: A FGV utiliza uma fórmula de média ponderada dos três subíndices (IPA, IPC e INCC) para calcular o IGP-10, refletindo as variações de preços no atacado, varejo e construção.

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