O IBC-Br caiu 0,05% em outubro ante setembro, sendo que a mediana apontava para uma alta de 0,30%. Em setembro, o indicador subiu 0,05%.
Trata-se do Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil, divulgado mensalmente desde março de 2010, qu tem como objetivo mensurar a evolução da atividade econômica do país e contribuir para a elaboração de estratégia de política monetária.
O relatório, divulgado na manhã desta quarta-feira (13), destaca, ainda, que na base anual de outubro, sem ajuste, o IBC-Br marcou 3,68%, enquanto a mediana apontava alta de 4%.
Também traz que no acumulado do ano, o IBC-Br avançou 3,41% e, em 12 meses até outubro, subiu 3,13%.
O IBC-Br subiu 4,63% no trimestre encerrado em outubro ante mesmo período de 2021.
Houve também revisões dos dados anteriores do indicador:
- IBC-Br de julho na margem 🔺1,68% para 1,92%
- Índice de junho na margem 🔺0,74% para 1,01%
- Índice de maio na margem 🔻de -0,20% para -0,46%
- Índice de abril na margem 🔻de -0,46% para -0,52%

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, avalia que o IBC-Br veio abaixo do esperado, mas houve revisão da séria anterior para cima, o que jogou o PIB de 2022 como um todo um pouco mais para cima.
No entanto, o indicador já começa a dar sinais de estabilidade da atividade e um carrego estatístico para o quarto trimestre negativo, próximo de 0,4%. “Isso corrobora a visão de que o melhor momento de atividade no Brasil ficou para trás”, ele diz.
“A gente olha o mercado de trabalho dando sinal de pico, a indústria e o varejo com composição mais fraca e um último dado de serviço também mais fraco. Então, vai se confirmando um cenário de atividade mais fraca no final do ano, o que faz sentido, dado que a reabertura da economia já ficou para trás. O setor de serviços perde pujança e a alta de juros vai começando a bater mais forte na atividade, via crédito, com taxas de juros mais altas, spreads mais altos e inadimplência voltando a subir. Faz sentido dados mais fracos no final de 2022, o que deve continuar em 2023”, ele explica.
Para 2022, diz Kautz, a alta do PIB deve ser de 3%. Já em 2023, de 0,9%. Para o próximo ano, ele aponta, haverá um verdadeiro “cabo de guerra” entre estímulos fiscais do governo com um cenário de condições financeiras mais apertadas, como já vem sendo apontado pelos juros futuros.
Ouça o áudio na íntegra:
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