O Hamas teria aceitado uma proposta de cessar-fogo em Gaza e a devolução de reféns, conforme informações de uma autoridade israelense à agência Reuters nesta quarta-feira (15). No entanto, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou a informação, afirmando que o grupo ainda não respondeu à proposta.
“Contrário aos relatos, a organização terrorista Hamas ainda não respondeu ao acordo”, afirmou o gabinete em comunicado oficial.
As negociações incluem representantes de Catar, Egito, Estados Unidos, Israel e Hamas, que continuam as discussões nesta quarta-feira.
Na terça-feira (14), algumas autoridades mencionaram que o acordo estava mais próximo do que nunca, apesar do conflito ainda causar mortes em Gaza.
Hamas: como será o cessar-fogo
Caso aprovado, o plano inicial prevê um cessar-fogo de seis semanas, a libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e a retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza, permitindo o retorno dos deslocados ao norte do território.
Uma segunda etapa incluiria a libertação de todos os reféns, um cessar-fogo permanente e a retirada total das forças israelenses. No entanto, a questão de quem governará Gaza após a guerra segue sem consenso. Israel rejeita tanto a retomada do governo do Hamas quanto a administração pela Autoridade Palestina.
O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, defendeu que a Autoridade Palestina assuma o controle em Gaza, posição apoiada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
As negociações avançaram em Doha no domingo (12), após reuniões entre representantes de Israel, Catar e Estados Unidos.
O presidente Joe Biden reafirmou seu compromisso de alcançar um acordo e pediu o cessar imediato dos combates para viabilizar ajuda humanitária. Autoridades americanas buscam finalizar o acordo antes da posse de Donald Trump em 20 de janeiro.
Enquanto isso, a ofensiva israelense resultou em mais de 46 mil mortes em Gaza, segundo autoridades palestinas, agravando a crise humanitária no enclave, onde grande parte da população foi deslocada e infraestruturas foram destruídas.
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