O governo não considerou mudar a meta de inflação, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira (31). Haddad destacou que apoia a implementação do horizonte contínuo para o cumprimento do alvo.
Em junho de 2023, o governo anunciou que adotaria uma meta de inflação contínua a partir de 2025, eliminando a necessidade de cumprir a meta dentro do ano-calendário. No entanto, essa medida ainda não foi formalizada.
“Em nenhum momento foi cogitada a mudança da meta de inflação. Afirmei que a meta de inflação é extremamente exigente para o histórico do Brasil, que raramente conseguiu atingir esse patamar, e que, apesar disso, estamos convergindo para a meta”, declarou.
Ele acrescentou: “Defendo que a meta seja contínua, como é na maioria dos países, exceto dois, porque é mais inteligente do que a meta anual”, disse o ministro ao jornal.
Meta de inflação é de 3%
A meta atual é de 3% ao ano. Em junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) precisará definir a meta de inflação para 2027. Para os anos de 2025 e 2026, a meta é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Na entrevista, Haddad afirmou que os diretores do Banco Central dialogam “infinitamente mais” com o mercado do que com a Fazenda, defendendo que a autoridade monetária também escute o setor produtivo.
“Às vezes parece que conversar com a Fazenda é um pecado, enquanto conversar com o mercado o dia todo não é. Os diretores do BC conversam quase todos os dias com pessoas do mercado e, ocasionalmente, com técnicos da Fazenda. Defendo que se converse tanto com o mercado quanto com o setor produtivo”, afirmou Haddad.
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