O governo já definiu suas primeiras indicações para a diretoria do Banco Central: Rodolfo Fróes vai ocupar a Diretoria de Política Monetária, e Rodrigo Monteiro ficará com para a Diretoria de Fiscalização. As informações foram divulgadas pelo G1 e pelo Valor Econômico.
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Os nomes foram indicados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e chancelados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, precisam ser indicados formalmente e passar por sabatina de aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Essa indicação deve acontecer somente depois que Lula voltar de sua viagem à China, que começa no sábado (25).
O Banco Central tem oito diretores, todos com mandato de quatro anos, que vencem alternadamente, dois por ano, sempre em 1º de janeiro – à exceção do primeiro ano do mandato do presidente da República, quando a troca é feita em 1º de março.
Os atuais ocupantes do cargo, Bruno Serra (Política Monetária) e Paulo Souza (Fiscalização), tiveram seus mandatos encerrados em 28 de fevereiro, mas seguem ocupando os cargos interinamente até que os novos nomes tenham sua indicação aprovada no Senado.
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Diretoria do Banco Central: quem são os indicados
Rodrigo Monteiro é servidor de carreira do Banco Central, como são normalmente os nomes escolhidos para a Diretoria de Fiscalização, responsável justamente pelo acompanhamento das atividades do mercado.
Servidores temiam a possível indicação de nomes do mercado, que chegou a ser ventilada nas últimas semanas, por temor de conflito de interesses entre a diretoria e os agentes financeiros privados que ela tem que fiscalizar.
Já a diretoria de Política Monetária terá um nome com larga experiência em agentes privados: Rodolfo Fróes tem passagens por Bank of America, Ritchie Capital Management e Flow Corretora, entre outras empresas.
Ele também fez parte do Conselho de Administração do Banco Fator em parte da gestão de Gabriel Galípolo, hoje secretário-executivo do Ministério da Fazenda, à frente da empresa.
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Diretoria do Banco Central: impactos imediatos
A posse dos novos indicados, especialmente Fróes, é vista como uma tentativa do governo de criar um início de divergência sobre a política de juros do Banco Central, uma vez que o Copom (Comitê de em Política Monetária) é formado pelo presidente Roberto Campos Neto e pelos oito diretores.
Em tese, o governo só conseguirá ter maioria no comitê em 2025, quando tiver indicado um novo presidente e seis dos oito diretores, mas a expectativa é que a presença de um nome alinhado à Fazenda na gestão da política monetária possa influenciar as próximas votações
O Copom encerra nesta quarta-feira sua segunda reunião do ano. A tendência é que a Selic seja mantida em 13,75%, a despeito das críticas do governo e de parte do setor produtivo à política de juros do BC. Nesta terça, em evento do BNDES, Fernando Haddad disse que a inflação sob controle permitiria uma “margem” de redução ao Copom, embora tenha evitado críticas diretas ao BC ou a Campos Neto.
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