Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Governo já tem primeiras indicações para compor diretoria do Banco Central

Governo já tem primeiras indicações para compor diretoria do Banco Central

O governo já definiu suas primeiras indicações para a diretoria do Banco Central: Rodolfo Fróes vai ocupar a Diretoria de Política Monetária, e Rodrigo Monteiro ficará com para a Diretoria de Fiscalização. As informações foram divulgadas pelo G1 e pelo Valor Econômico.

Os nomes foram indicados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e chancelados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, precisam ser indicados formalmente e passar por sabatina de aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Essa indicação deve acontecer somente depois que Lula voltar de sua viagem à China, que começa no sábado (25).

O Banco Central tem oito diretores, todos com mandato de quatro anos, que vencem alternadamente, dois por ano, sempre em 1º de janeiro – à exceção do primeiro ano do mandato do presidente da República, quando a troca é feita em 1º de março.

Os atuais ocupantes do cargo, Bruno Serra (Política Monetária) e Paulo Souza (Fiscalização), tiveram seus mandatos encerrados em 28 de fevereiro, mas seguem ocupando os cargos interinamente até que os novos nomes tenham sua indicação aprovada no Senado.

Diretoria do Banco Central: quem são os indicados

Rodrigo Monteiro é servidor de carreira do Banco Central, como são normalmente os nomes escolhidos para a Diretoria de Fiscalização, responsável justamente pelo acompanhamento das atividades do mercado. 

Publicidade
Publicidade

Servidores temiam a possível indicação de nomes do mercado, que chegou a ser ventilada nas últimas semanas, por temor de conflito de interesses entre a diretoria e os agentes financeiros privados que ela tem que fiscalizar.

Já a diretoria de Política Monetária terá um nome com larga experiência em agentes privados: Rodolfo Fróes tem passagens por Bank of America, Ritchie Capital Management e Flow Corretora, entre outras empresas.

Ele também fez parte do Conselho de Administração do Banco Fator em parte da gestão de Gabriel Galípolo, hoje secretário-executivo do Ministério da Fazenda, à frente da empresa.

Diretoria do Banco Central: impactos imediatos

A posse dos novos indicados, especialmente Fróes, é vista como uma tentativa do governo de criar um início de divergência sobre a política de juros do Banco Central, uma vez que o Copom (Comitê de em Política Monetária) é formado pelo presidente Roberto Campos Neto e pelos oito diretores. 

Em tese, o governo só conseguirá ter maioria no comitê em 2025, quando tiver indicado um novo presidente e seis dos oito diretores, mas a expectativa é que a presença de um nome alinhado à Fazenda na gestão da política monetária possa influenciar as próximas votações 

O Copom encerra nesta quarta-feira sua segunda reunião do ano. A tendência é que a Selic seja mantida em 13,75%, a despeito das críticas do governo e de parte do setor produtivo à política de juros do BC. Nesta terça, em evento do BNDES, Fernando Haddad disse que a inflação sob controle permitiria uma “margem” de redução ao Copom, embora tenha evitado críticas diretas ao BC ou a Campos Neto.

Quer investir com segurança e proteger seu capital de eventuais volatilidades causadas pelos indicados à diretoria do Banco Central? Preencha este formulário e um assessor da EQI Investimentos vai entrar em contato para tirar suas dúvidas.