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Governo estuda nomes de fora do BC para ocupar diretorias

Governo estuda nomes de fora do BC para ocupar diretorias

O governo federal ainda estuda os nomes que vão completar a diretoria do BC (Banco Central), que tem dois cargos vagos desde o fim de fevereiro: as diretorias de Política Monetária e de Fiscalização. Segundo analistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe econômica buscam nomes com maior alinhamento ao governo, a fim de criar contrapontos à visão do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

O Banco Central tem oito diretores, todos com mandatos de quatro anos, mas que são trocados dois por ano, justamente a fim de pulverizar a influência do governo ao longo do mandato do presidente. Eles são trocados sempre em 1º de janeiro, à exceção dos cargos do primeiro ano de governo, cujo vencimento é em 28 de fevereiro. 

Os oito diretores mais o presidente formam o Copom (Comitê de Política Monetária), cuja principal atribuição é definir a Selic, taxa básica de juros do país, a partir da análise de dados e cenários macroeconômicos. O assunto ganhou destaque no início do governo, com críticas de Lula e de membros do PT à gestão de Campos Neto e à manutenção da Selic em 13,75% ao ano. A próxima reunião é na semana que vem.

A tendência é que o diretor de Fiscalização, Paulo Souza, que é funcionário de carreira da instituição, não seja reconduzido. Bruno Serra, diretor de Política Monetária, disse que não quer seguir no cargo, mas ficará como interino até a nova indicação.

Servidores ouvidos pelo jornal Valor Econômico temem a indicação de um nome mais ligado ao mercado financeiro para o setor de Fiscalização, o que poderia causar conflito de interesses na função, já que a diretoria é responsável pela supervisão do sistema financeiro nacional, o que inclui e instauração de processos administrativos.

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Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que havia levado a Lula um conjunto de nomes “acadêmicos, técnicos e de mercado”, mas o presidente ainda não bateu o martelo. Os nomes, depois de indicados, devem ser sabatinados pelo Senado, na Comissão de Assuntos Econômicos, e depois aprovados por maioria simples pelo plenário. 

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