Em decisão alinhada à postura recente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo de Javier Milei anunciou nesta quarta-feira (5) a retirada da Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida foi comunicada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, durante uma conferência na Casa Rosada.
Segundo Adorni, a saída ocorre devido a “profundas diferenças” em relação à gestão da pandemia de Covid-19 pela OMS, que, segundo o governo argentino, contribuiu para “uma das maiores catástrofes econômicas da história mundial”. O porta-voz argumentou que a crise sanitária resultou no “maior lockdown da humanidade”, afetando diretamente a economia do país durante a gestão do ex-presidente Alberto Fernández.
“A Argentina não permitirá que um organismo internacional intervenha em nossa soberania e muito menos em nossa saúde”, declarou Adorni, ressaltando que a decisão não acarretará perda de recursos financeiros para o país. O governo afirmou que a saída da OMS permitirá maior flexibilidade na formulação de políticas de saúde, garantindo que sejam adaptadas aos interesses nacionais.
Argentina não havia entrado no novo protocolo da OMS
O presidente argentino já havia demonstrado críticas à OMS em outras ocasiões. Em junho do ano passado, sua administração optou por não aderir ao novo protocolo internacional de pandemia promovido pela organização. Agora, o governo argentino reforça sua posição contra entidades supranacionais, sugerindo que essas instituições precisam ser repensadas.
A OMS, criada em 1948, tem como principal objetivo coordenar respostas a emergências sanitárias globais. A decisão da Argentina de se retirar da organização levanta questionamentos sobre os impactos dessa medida na política de saúde do país e em suas relações internacionais.
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