Como viver de renda?
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França: esquerda tem plano radical de taxar mais ricos em 90%

França: esquerda tem plano radical de taxar mais ricos em 90%

A Nova Frente Popular (NFP), coalizão de esquerda que venceu as eleições legislativas da França, promete implementar um imposto de renda de 90% sobre os mais ricos do país. A medida, da aliança liderada por Jean-Luc Mélenchon, assim como outras propostas econômicas, provocou uma reação ruim dos mais abastados do país, que chegam a considerar a possibilidade de emigração para territórios fiscalmente mais favoráveis. Entre eles, Itália, Suíça e Espanha.

O comportamento entre os franceses mais ricos tem sido observado com maior frequência desde que o presidente Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas.

Com a vitória da aliança de esquerda, há um temor real de um colapso financeiro. Isso porque as propostas de gastos podem custar entre € 150 bilhões e € 300 bilhões (US$ 163,3 bilhões a US$ 326,6 bilhões) nos próximos três anos.

Entre os planos do partido estão a taxa de imposto de 90%, prevista para qualquer renda anual acima de € 400 mil; a redução na idade de aposentadoria de 64 para 60 anos; um bloqueio no preço de bens essenciais; e um aumento de 14% no salário mínimo.

Esquerda x Macron: entenda embate na França

A NFP fechou o segundo turno das eleições com 182 assentos, ficando à frente do Juntos, partido de centro, do presidente Emmanuel Macron, que fechou com 168.

O partido pode estar caminhando para uma disputa de poder com o presidente Macron. Apesar da vitória, a coalizão não obteve maioria para indicar o primeiro-ministro da França sozinha.

Macron aceitou a renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal nesta terça-feira (16), mas pediu para que o colega de partido permaneça no cargo até a formação de um novo governo. Na França, presidente e primeiro-ministro governam em conjunto.

Os líderes da NFP se reuniram na segunda-feira (15) para tentar chegar a um acordo sobre quem seria indicado para o cargo.

O primeiro-ministro de Macron, Gabriel Attal, desentendeu-se com o presidente sobre a dissolução do parlamento e renunciou ao cargo.