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Fed deve manter taxas inalteradas até o segundo tri, avalia BTG (BPAC11)

Fed deve manter taxas inalteradas até o segundo tri, avalia BTG (BPAC11)

O banco BTG Pactual (BPAC11) avalia que o Federal Reserve (Fed) deve manter a fed funds rate – que é a taxa de juros dos Estados Unidos – na faixa entre 5,25%-5,50% na decisão que sai quarta-feira (13), devendo manter esse cenário base de estabilização da taxa neste patamar até o final do segundo trimestre do ano que vem, quando o Fed iniciaria um ciclo de afrouxamento monetário.

Segundo o BTG, desde a última reunião em novembro, quando o Fed optou pelo segundo encontro seguido em não elevar os juros, a economia americana mostrou progresso na direção dos mandatos do comitê, com nova desaceleração da inflação, redução do desequilíbrio no mercado de trabalho, mas sem sacrificar o crescimento.

Segundo o banco de investimentos, os fundamentos do consumo permanecem sólidos, após as despesas pessoais crescerem 3,6% na comparação anual no 3TRI23, de forma disseminada entre os setores. Já o resultado de outubro deixa um carrego para o 4TRI23 de 1,6%, também na comparação anual, e também de forma linear entre os setores, reforçando a resiliência da economia e sustentando a projeção de crescimento para 2,5% em 2023 e 1,7% para 2024.

“Quanto ao mercado de trabalho, a média móvel dos últimos seis meses do Payroll desacelerou de 200k para 186k em novembro, acompanhada da continuidade da desaceleração das métricas salariais, com o Wage Tracker em 5,2% a/a”, diz trecho do relatório do BTG.

Fonte: BTG Pactual (BPAC11)

Fed: continuidade da normalização entre oferta e demanda

O relatório mostrou ainda que a queda da taxa de vacância apresentada pelo relatório JOLTS para 1,34 vagas por desempregado mostraria a continuidade da normalização entre oferta e demanda no mercado norte-americano.

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“No que diz respeito à inflação, o CPI já está flutuando na casa dos 3,1% a/a e é acompanhado por um núcleo de 4% a/a, com os dados de outubro (0,04% m/m) reforçando uma composição mais benigna, que também será registrada em novembro”, diz outro trecho do relatório BTG.

“A contínua deflação de energia, causada pela queda do preço do petróleo, tem gerado uma desinflação mais rápida do que o esperado em todos os meses do 4TRI23, mais do que compensando a pressão dos alimentos”, diz outro trecho.

Além disso, a descompressão da inflação de serviços, mais evidente no supernúcleo, tem aumentado a confiança em um processo mais sólido de desinflação, com uma composição mais favorável, não apenas impulsionado por itens voláteis como energia ou o setor de bens, de acordo com o relatório. Após encerrar 2022 em 6,5%, o CPI, que é o dado do índice de preços ao consumidor, deve desacelerar para 3,3% neste final de ano e 2,78% para o próximo, praticamente atingindo a meta em 2025 (de 2,22%), conforme diz o documento sobre a possível decisão do Fed.