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Emergência energética e tarifas internacionais: veja medidas de Trump

Emergência energética e tarifas internacionais: veja medidas de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, logo após sua posse, uma emergência energética nacional como parte de um plano abrangente para ampliar a produção de combustíveis fósseis. Além disso, ele revogou políticas de energia limpa e vai retirar os Estados Unidos de compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas, incluindo o Acordo de Paris. Estes são os principais pontos das primeiras medidas de Trump.

“Perfuraremos, baby, perfuraremos. A crise inflacionária foi causada por gastos excessivos e preços crescentes de energia. Por isso, hoje eu também declararei uma emergência energética nacional”, disse Trump em seu discurso inaugural. 

Trump prometeu desmantelar o que chamou de “Green New Deal”, aludindo às políticas de energia limpa promovidas pelo Inflation Reduction Act. O presidente também anunciou o fim do “mandato” de veículos elétricos e afirmou que pretende cortar os custos de energia pela metade no primeiro ano de sua administração. 

A tendência é que o conjunto de medidas sejam divulgadas ainda nesta segunda-feira (20).

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Medidas de Trump irão acelerar exploração de recursos

A emergência energética, segundo a Casa Branca, permitirá a utilização de diversas “autoridades” para acelerar a exploração de recursos naturais. No entanto, os detalhes sobre como essas medidas serão implementadas ainda não foram divulgados. 

Uma ordem executiva específica deve liberar a produção de energia no Alasca, estado que Trump descreveu como crucial para a segurança nacional devido à sua localização geoestratégica. Segundo a Casa Branca, a região será fundamental para exportações de gás natural liquefeito (GNL) para os aliados na Ásia-Pacífico. 

Especialistas afirmam que Trump pode invocar estatutos de emergência de forma ampla, com pouca resistência judicial, dado o histórico de tribunais em evitar interferências em questões de segurança nacional.

Além disso, o governo Trump confirmou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, tratado internacional que busca limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C. A medida reforça o distanciamento da nova administração em relação a compromissos ambientais globais, consolidando sua ênfase na independência energética e nos combustíveis fósseis. 

Mais taxas protecionistas

Na área econômica, o governo Trump ainda irá criar diversas tarifas protecionistas contra outros países. Nas palavras dele, a ideia é “taxar outros para enriquecer” os EUA, mas nada ainda foi divulgado de forma concreta como isso se dará.  “Estamos estabelecendo o serviço de receita externa para coletar todas as tarifas, taxas e receitas. Serão enormes quantias de dinheiro que entrarão em nosso Tesouro, provenientes de fontes estrangeiras”, declarou Trump.

Porém, a imposição de tarifas comerciais a parceiros estratégicos, como China, Canadá e México, não estará entre as medidas iniciais, segundo divulgado pela CNBC. Trump deve emitir um memorando comercial abrangente, direcionando agências federais a investigar práticas comerciais consideradas desleais e políticas cambiais de outros países. Embora o documento sinalize foco em potenciais ações contra nações como a China, ele não incluiria a aplicação imediata de tarifas.

De acordo com o Wall Street Journal, a decisão de adiar as tarifas reflete ajustes na abordagem do presidente em relação ao comércio exterior. Segundo fontes da publicação, o plano de Trump pode evoluir para um cronograma gradual, com aumentos mensais de 2% a 5% nas tarifas sobre parceiros comerciais.

Durante a campanha, Trump defendeu tarifas universais como pilar de sua política econômica, sugerindo uma taxa de 20% sobre todas as importações e até 60% para produtos chineses.

A postura considerada agressiva de Trump sobre tarifas tem gerado preocupações entre economistas norte-americanos, que alertam para os possíveis impactos no custo de produção e nos preços ao consumidor. Especialistas temem que medidas protecionistas possam dificultar a recuperação global em um cenário de inflação elevada pós-pandemia.

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