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Em pronunciamento, Lula fala em ir à OMC e não descarta Lei da Reciproidade aos EUA

Em pronunciamento, Lula fala em ir à OMC e não descarta Lei da Reciproidade aos EUA

Em pronunciamento feito na noite desta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que pode ir à Organização Mundial do Comércio (OMC) e usar a Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos, caso não consiga chegar a um acordo com o governo de lá.

“O Brasil sempre esteve aberto ao diálogo. Fizemos mais de 10 reuniões com o governo dos Estados Unidos, e encaminhamos, em 16 de maio, uma proposta de negociação. Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse Lula, no pronunciamento.

O presidente disse ainda serem falsas as alegações sobre práticas comerciais desleais brasileiras, já que os Estados Unidos acumulam, há mais de 15 anos, um superávit comercial de US$ 410 bilhões de dólares.

Pronunciamento de Lula: defesa do Pix

Além disso, em seu pronunciamento, Lula defendeu ainda o Pix, que também entrou nas críticas de Trump, e citou que é hoje um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo.

“Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo”, adiantou.

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O governo dos Estados Unidos iniciou uma investigação comercial contra o Brasil sob acusação de práticas desleais que estariam prejudicando empresas e trabalhadores americanos. Entre os principais pontos levantados estão o uso do sistema de pagamentos instantâneos Pix e a disseminação da pirataria, considerados ameaças à competitividade e à propriedade intelectual dos Estados Unidos.

A investigação foi aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), após solicitação direta do presidente Donald Trump.

A ofensiva comercial ganhou força após Trump anunciar a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com foco no setor de etanol. A medida veio acompanhada de um pedido formal de abertura de inquérito com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 — instrumento que autoriza o governo americano a adotar retaliações contra países acusados de práticas comerciais consideradas injustas.