O processo de privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6) ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (20). O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu visto do processo como se esperava, de fato. Porém, por apenas 20 dias e não por 60, como era o esperado pelo mercado.
Em matéria do jornal O Estado de S.Paulo, o ministro indicou que a princípio manteria o pedido de vista por dois meses. Porém, ele recuou após sinalização dos ministros Bruno Dantas e Antonio Anastasia pelo prazo de 20 dias.
A ideia do governo, em conseguindo aprovar a venda de sua fatia na empresa no TCU, era de fazer a oferta de ações com a data limite de 13 de maio.
Eletrobras (ELET3; ELET6): governo quer participação de até 45%
Dentro do governo, a venda de sua participação vem sendo chamada de capitalização, porque segue o modelo formatado ainda no governo do ex-presidente Michel Temer. A ideia original era de fazer uma oferta de ações, diluindo a participação governamental até atingir o limite de 45%.
Porém, a União manteria o direito da chamada “Golden share”, significando que, mesmo com uma participação menor, teria poder de veto em decisões consideradas estratégias para o país.
No fim de março, a área técnica do TCU concluiu o parecer referente à segunda etapa do processo de privatização da estatal e deu sinal verde para o prosseguindo do processo.
Segundo o jornal Valor Econômico, os auditores solicitaram, na ocasião, ajustes no valuation, processo pelo qual é calculado o valor das ações da companhia.
O tempo é o principal risco à privatização. Analistas do BTG Pactual, no entanto, acreditam, em relatório do fim de março, que a tendência é que o prazo de fim de abril não seja cumprido. O próprio presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, previu que o processo de privatização só deve ser concluído em agosto.