A revista britânica The Economist vê riscos na possível escolha de Donald Trump para mais um mandato para a presidência dos Estados Unidos, nas eleições dos EUA, que ocorrem na terça-feira (5).
A publicação avalia que a adversária do republicano, a democrata Kamala Harris, é vista como a melhor alternativa para garantir a estabilidade política no país. Em editorial recente, a publicação defendeu que um retorno de Trump à Casa Branca representa “riscos inaceitáveis” para o futuro dos Estados Unidos, posicionando Harris como uma escolha mais segura e previsível em comparação ao ex-presidente republicano.
O editorial descreve Harris como uma candidata que, embora não tenha encantado pelo desempenho político e pareça “indecisa e insegura” em certos momentos, conseguiu abandonar as propostas mais radicais da ala esquerda dos democratas.
Essa mudança de postura a levou a uma posição mais centrista, onde se alinha com figuras como a ex-deputada republicana Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney, que tem assumido uma postura crítica em relação a Trump. A revista aponta que, embora Kamala Harris talvez não seja vista como uma “presidente estelar”, também não representa uma ameaça ao sistema democrático e às instituições do país, ao contrário de Trump.
Eleições dos EUA: divisão do país
A publicação argumenta que o retorno do ex-presidente ao poder traria desafios maiores ao país, especialmente pela sua inclinação em dividir a nação. Segundo a revista, Trump não teria interesse em unir os americanos, preferindo fomentar conflitos e antagonismos entre diferentes grupos.
A poucos dias do pleito, Kamala Harris tem uma ligeira vantagem sobre o ex-presidente Trump na reta final. De acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada na última terça-feira (29), Harris possui 44% das intenções de voto, enquanto Trump tem 43%, configurando um empate técnico dado a margem de erro de três pontos percentuais.
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