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El Niño deve seguir até abril de 2024, diz agência da ONU

El Niño deve seguir até abril de 2024, diz agência da ONU

O fenômeno climático El Niño deverá persistir até pelo menos abril de 2024 e pode atingir seu auge apenas depois da virada do ano, de acordo com a atualização publicada nesta quarta-feira (8) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à ONU.

Caracterizado pelo aquecimento das águas na região equatorial do Oceano Pacífico, o El Niño costuma durar cerca de 12 meses, com intervalos de 2 a 7 anos entre eles. Durante o período de atividade; o fenômeno causa impacto direto no clima de diversas regiões, afetando os ciclos de chuvas e modificando as temperaturas. 

A atual versão começou a ser observada em junho, segundo especialistas, e embora normalmente as consequências sejam observadas apenas no ano seguinte a seu desenvolvimento, o ano de 2023 caminha para se tornar o ano mais quente já registrado desde o início das medições de temperatura,  superando o recorde que pertence a 2016.

Esse aumento de temperatura, que tem sido visto no Brasil com temperaturas recordes para a primavera e seca na região Norte, vem sendo causado, segundo a OMM, à combinação de um El Niño excepcionalmente forte com o aumento nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alertou que no próximo ano eventos climáticos extremos serão ainda mais recorrentes.

Neste ano, foram registradas temperaturas recordes na superfície dos oceanos devido ao El Niño e as consequências tem se espalhado pelo planeta, com ondas de calor extremo durante o verão do Hemisfério Norte em países como Itália, Espanha e Grécia e incêndios florestais nos EUA e no Canadá.

El Niño e os impactos no agronegócio

Na economia, o principal impacto de El Niño é o risco de consequências negativas ao agronegócio, tanto pelas consequências à atual safra de grãos como no plantio para a próxima safra.

Aqui no Brasil, apesar das ocorrências já citadas, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mantém as previsões de safra recorde de grãos, com colheita acima de 318 milhões de toneladas, cerca de 20,9% acima de 2022, quando a safra de  263,2 milhões de toneladas foi severamente afetada por La Niña, o fenômeno que serve como contraparte do El Niño.

Quando La Niña está em atividade, as águas da região equatorial do Pacífico se resfriam, provocando impactos opostos, como aumento de chuvas em região normalmente mais secas e em períodos diversos ao esperado pelos agricultores.

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