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Dívida pública federal sobe 1,44% em abril, para R$ 7,617 tri

Dívida pública federal sobe 1,44% em abril, para R$ 7,617 tri

A dívida pública federal aumentou 1,44% em abril, atingindo a marca de R$ 7,617 trilhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela emissão líquida de R$ 41,42 bilhões em títulos e pela incorporação de R$ 70,3 bilhões em juros no estoque da dívida. A dívida pública federal se divide entre a interna e a externa, ambas apresentando comportamentos distintos no período.

A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi), que representa a maior parte do endividamento do governo, somou R$ 7,310 trilhões em abril — um avanço de 1,55% em relação a março. Por outro lado, a dívida pública federal externa (DPFe) registrou um recuo de 1,10%, fechando o mês em R$ 306,1 bilhões. Esse movimento revela uma maior concentração do endividamento em títulos emitidos no mercado doméstico, reflexo de estratégias de financiamento e das condições de mercado.

Mercado global e trajetória dos juros influenciam o cenário

Em abril, fatores externos e internos influenciaram o comportamento da dívida pública federal. O Tesouro destacou a intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, que elevou a aversão ao risco nos mercados globais.

No Brasil, a reprecificação das expectativas em relação à trajetória futura da taxa Selic resultou na queda dos juros futuros, reduzindo o custo médio do estoque da dívida de 11,70% ao ano, em março, para 11,62% ao ano, em abril.

Entretanto, o custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna subiu, passando de 12,61% para 13,05% ao ano. Esse aumento reflete o ajuste das expectativas dos investidores e as condições econômicas do momento.

Prazo médio e reserva de liquidez reforçam capacidade de pagamento

Outro dado relevante apresentado pelo Tesouro foi o aumento do prazo médio de vencimento da dívida pública federal, que passou de 4,12 anos para 4,17 anos. Esse alongamento do perfil é considerado positivo, pois reduz o risco de refinanciamento e melhora a gestão da dívida no médio prazo.

A reserva de liquidez, montante em caixa destinado a honrar os compromissos da dívida, também apresentou crescimento, passando de R$ 869 bilhões em março para R$ 904 bilhões em abril. Esse valor é suficiente para cobrir 8,57 meses de vencimentos, uma melhora significativa frente aos 6,72 meses registrados no mês anterior.

Perspectivas para os próximos meses

Embora o dado de abril traga uma fotografia do aumento da dívida pública federal, o Tesouro destacou que, em maio, houve mudanças importantes no cenário internacional. O arrefecimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além de dados de inflação abaixo do esperado nos EUA, favoreceram o aumento do apetite por risco e reduziram os prêmios de risco em mercados emergentes como o Brasil.

Ainda assim, o Tesouro alertou para uma “suave” elevação nos juros futuros, influenciada pela alta nas taxas globais e por novos dados econômicos. Esses elementos continuarão sendo determinantes para o comportamento da dívida pública federal nos próximos meses, exigindo atenção redobrada do governo e do mercado.