A Dívida Pública Federal (DPF) registrou alta de 1,55% em dezembro do ano passado na comparação com novembro, encerrando 2024 em R$ 7,316 trilhões. Já em dezembro de 2023, a dívida estava em R$ 6,268 trilhões. Os dados forma divulgados nesta terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou 1,51% no período, atingindo R$ 6,967 trilhões. Já a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) cresceu 2,48%, alcançando R$ 349,19 bilhões.
O resultado foi influenciado por uma emissão líquida de R$ 42,63 bilhões em dezembro e pelo impacto dos juros sobre o estoque da dívida, que somou R$ 69,34 bilhões no mês.

Dívida pública federal: participação de investidores estrangeiros cai
A participação de investidores estrangeiros na DPMFi caiu para 10,20% em dezembro. Já a composição da DPF passou por ajustes: a parcela prefixada recuou para 21,99%, enquanto a parcela corrigida pela inflação caiu para 26,96%. Em contrapartida, a fatia da dívida atrelada à Selic subiu para 46,29%, e a parcela vinculada ao câmbio avançou para 4,76%.
O percentual da DPF com vencimento em até 12 meses caiu para 17,87%, enquanto o prazo médio da dívida recuou para 4,05 anos. O custo médio da DPF em 12 meses subiu de 11,53% para 11,80% ao ano.
Dívida pública em 2024
No acumulado do ano passado, o estoque da dívida pública federal aumentou em R$ 795,7 bilhões, o que corresponde a cerca de 12,2% a mais do que no ano anterior. Esse crescimento foi, em grande parte, impulsionado pela apropriação de juros, que adicionou R$ 762,4 bilhões.
A emissão líquida acrescentou R$ 33,3 bilhões. Devido à maior parte da dívida brasileira ser em moeda local, a principal contribuição para essa variação veio das mudanças na DPMFi. Na DPFe, a apropriação de juros inclui o impacto das flutuações cambiais sobre o valor da dívida em moeda estrangeira.

Indexadores
Sobre os indexadores, houve queda da participação da DPMFi, passando de 95,27%, em novembro, para 95,23%, em dezembro. Já a participação da DPFe foi ampliada de 4,73% para 4,77%.
Enquanto isso, a parcela dos títulos remunerados por taxa flutuante passou de 46,13%, em novembro, para 46,29%, em dezembro, enquanto a participação dos títulos vinculados a índice de preços da DPF foi reduzida de 27,01%, em novembro, para 26,96%, em dezembro. Já a parcela dos títulos com remuneração prefixada também diminuiu, passando de 22,14% para 21,99%.
Dívida da previdência aumenta
Segundo o Tesouro, a dívida da Previdência aumentou seu estoque em R$ 38,96 bilhões, totalizando R$ 1,667 trilhões no último mês do ano passado. A participação relativa desse grupo cresceu para 23,93%. O estoque de Instituições Financeiras apresentou aumento no mês, passando de R$ 1,948 trilhões para R$ 2,054 trilhões. A participação relativa desse grupo subiu para 29,49%.
Os Fundos de Investimento, por outro lado, reduziram o estoque, passando de R$ 1,518 trilhão para R$ 1,510 trilhãos. Os Não-residentes apresentaram diminuição de R$ 61,02 bilhões no estoque, fechando o mês com participação relativa de 10,20%. O grupo Governo encerrou dezembro com participação relativa de 3,37%, e o grupo Seguradoras, 3,97%.
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