A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,9% no trimestre encerrado em março de 2024, aumentando 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023. A projeção do mercado era por leitura ainda maior do desemprego no trimestre: 8,1%.
No entanto, essa taxa ainda está abaixo dos 8,8% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023, conforme informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE.

Desemprego no Brasil: mais pessoas em busca de trabalho
O aumento da desocupação trimestral foi impulsionado pelo crescimento no número de pessoas em busca de trabalho, a população desocupada, que aumentou 6,7% em relação ao trimestre anterior, representando um acréscimo de 542 mil pessoas procurando emprego. Apesar desse aumento, a população desocupada permanece 8,6% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre móvel de 2023.
Outro fator que contribuiu para o aumento da taxa de desocupação foi a redução da população ocupada no país, que recuou 0,8% em relação ao trimestre anterior, embora ainda permaneça 2,4% acima do número de trabalhadores encontrado pela PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2023.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, “o aumento da taxa de desocupação foi causado pela redução na ocupação. Esse cenário reflete um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre de cada ano, com perdas na ocupação em relação ao trimestre anterior”.
Apesar do aumento trimestral, essa taxa de desocupação foi a menor registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando alcançou 7,2%. Por isso, a analista observa que “o movimento sazonal deste trimestre não anula a tendência de redução da taxa de desocupação observada nos últimos dois anos”.
Carteira assinada: sem mudança significativa
Apesar da redução na população ocupada, o número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa em relação ao trimestre anterior (encerrado em dezembro), permanecendo em 38,0 milhões. Segundo Adriana, “a estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é um sinal importante de manutenção dos ganhos na formalização da população ocupada”.
Rendimento médio
O rendimento médio das pessoas ocupadas atingiu R$ 3.123, com alta de 1,5% no trimestre e de 4,0% na comparação anual. Entre os grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua, houve aumento significativo no rendimento em alguns setores, como Transporte, armazenagem e correio (4,3%), Outros serviços (6,7%) e Serviços domésticos (2,1%).
O que é a taxa de desemprego medida pelo IBGE?
A PNAD Contínua é o principal instrumento de monitoramento da força de trabalho no país, com uma amostra trimestral de 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, cobrindo 26 estados e o Distrito Federal.
Você leu sobre a taxa de desemprego no Brasil. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e assine a nossa newsletter: receba em seu e-mail, toda manhã, as principais notícias do portal!