Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Demissões no setor tech em três meses já equivalem ao ano de 2022

Demissões no setor tech em três meses já equivalem ao ano de 2022

As demissões no setor tech em três meses já equivalem a todo o ano de 2022, e a “correção” no segmento é puxada pela Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram.

O movimento fez com que o empresário Mark Zuckerberg visse sua fortuna desabar de US$ 162 bilhões para R$ 69,8 bilhões em poucos meses.

A companhia que ele administra anunciou ontem a demissão de dez mil funcionários e o fechamento de cinco mil postos de trabalho, cujas vagas não foram preenchidas.

Em 2022 a rede social já havia anunciado a demissão de outros 11 mil funcionários e isso chamou a atenção do mercado de capitais, com os traders atentos aos movimentos da firma.

Nesta quarta-feira, por volta das 14h30, a ação META, listada na Nasdaq, recuava 0,31%, cotada a US$ 193,42. Porém, ontem, quando os desligamentos foram confirmados, elas subiram mais de 7%.

Imagem mostra um desenvolvedor trabalhando.

Setor tech: Meta

As demissões anunciadas pela Meta equivalem a 13% da equipe global, incluindo aí os funcionários do Brasil.

Zuckerberg justifica afirmando que o ano de 2023 deve ser de eficiência, dando a entender que a companhia estava, supostamente, “inchada”.

Para efeito de comparação, todo o segmento de tecnologia já demitiu, de janeiro até ontem, 128,2 mil pessoas, quase 80% do número de pessoas dispensadas em todo o ano de 2022, segundo dados coletados pelo site Layoffs.fyi.

A razão, segundo especialistas, seria a necessidade de contenção de custos para, assim, reforçar os investimentos em soluções já existentes ou novos produtos e serviços.

TikTok “chega chegando”

Do lado concorrencial, as empresas chinesas estão “fazendo sombra” às corporações norte-americanas, com o TikTok na dianteira. A rede social da ByteDance ganha cada vez mais adeptos, enquanto o Facebook não consegue fechar a “porta dos fundos”, com mais gente saindo do que entrando.

Este ano, o Facebook deve alcançar 2,07 bilhões de usuários mensais, sem crescimento em relação a 2022, projeta a Insider. O Instagram, por sua vez, chegará a 1,34 bilhão de usuários, alta de 4,7% sobre 2022.

Acontece que o mercado publicitário está de olho nestes números e a Meta deve gerar uma receita de US$ 121,9 bilhões em publicidade digital, um aumento de 8,2% sobre o resultado de 2022. Com esse volume, a empresa terá 19,4% do mercado de publicidade on-line no mundo, atrás do Google, com 28,8%.

Levantamento da Betting Sales, por sua vez, destaca que o TikTok foi a rede social que mais cresceu no que diz respeito à receita publicitária, durante o ano de 2022. O estudo projeta a duplicação da atual receita ao longo dos próximo quatro anos, em US$ 7,4 bilhões, ou 37% do total do mercado.

Demissões no Brasil

De acordo com o Valor Econômico, no Brasil a lista de demissões no setor de tecnologia neste ano é extensa e se repete entre empresas como iFood, 99, Rappi e Loft, que anunciaram novas rodadas recentes de cortes — a quarta, no caso da Loft.

Conforme o jornalão, a pesquisa do site Layoffs Brasil informa cortes em 65 empresas no Brasil, desde o início do ano, incluindo multinacionais e companhias de outros setores como varejistas, empresas de saúde e bancos digitais.

O periódico informa, ainda, que desde janeiro, quase todas as gigantes de tecnologia anunciaram demissões em massa, incluindo Google, Microsoft e Amazon. A Apple é a exceção, até o momento, mas diz estar em contenção de gastos e contratações.