O setor público consolidado do Brasil — que inclui a União, estados, municípios e estatais — registrou um déficit primário de R$ 18,973 em fevereiro, segundo o boletim de Estatísticas Fiscais divulgado nesta terça-feira (8) pelo Banco Central. O resultado corresponde ao saldo negativo entre receitas e despesas, desconsiderando os juros da dívida pública.
Apesar do resultado negativo, houve uma melhora em relação a fevereiro de 2024, quando o déficit foi de R$ 48,7 bilhões — uma redução de 63%.
Nos últimos 12 meses, o déficit acumulado do setor público chegou a R$ 15,9 bilhões, equivalente a 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso representa uma melhora de 0,25 ponto percentual em relação ao resultado acumulado até janeiro.
Entre os entes da federação, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve déficit de R$ 28,5 bilhões. Em contrapartida, os governos regionais apresentaram superávit de R$ 9,2 bilhões, enquanto as estatais fecharam o mês com saldo positivo de R$ 299 milhões.
Déficit do setor público: dívida pública aumenta
A dívida bruta do governo geral (DBGG), que inclui o INSS e os três níveis de governo, cresceu para 76,2% do PIB em fevereiro, totalizando R$ 9 trilhões. O aumento foi de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior, impulsionado principalmente pelos juros nominais, pela emissão líquida de dívida e pela variação do PIB nominal.
Já a dívida líquida do setor público (DLSP) alcançou 61,4% do PIB, o equivalente a R$ 7,3 trilhões — um avanço de 0,3 ponto percentual no mês. O crescimento reflete, entre outros fatores, os juros nominais apropriados, o déficit primário, ajustes na dívida externa líquida e as variações do PIB nominal.
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