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Daniel Kahneman: morre pai da economia comportamental, aos 90 anos

Daniel Kahneman: morre pai da economia comportamental, aos 90 anos

Morreu nesta quarta-feira (27), Daniel Kahneman, Nobel de Economia, aos 90 anos. Psicólogo e economista, ele revolucionou o mercado e foi “pai da economia comportamental”. De acordo com informações do jornal The New York Times, o falecimento foi confirmado por sua companheira, Barbara Tversky, que não divulgou, porém, onde ocorreu o óbito.

Israelense nascido em Tel Aviv, em 1934, Kahneman foi reconhecido pelo Nobel de Economia sem ser economista, em 2002, por contribuir para a integração da psicologia cognitiva à economia.

Com diploma em psicologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, em 1954, Kahneman se juntou no mesmo ano às Forças e Defesa de Israel, atuando diretamente em sua área e sendo encarregado de avaliar os recrutas.

Além disso, o psicólogo foi docente na Universidade da Colúmbia Britânica, Universidade de Princeton e também lecionou na Escola de Política Pública e Assuntos Internacionais Woodrow Wilson.

Daniel Kahneman: os estudos

Com pesquisas que contestavam a racionalidade da economia há décadas, Kahneman trouxe à tona a lógica de diversos comportamentos dentro do mercado de investimentos e até mesmo doméstico. O por que as pessoas não vendem ações que já não tem mais valor, ou porque dirigir até um mercado ou loja que fica longe só para economizar em um item.

Kahneman foi considerado o pai da economia comportamental e até mesmo “o psicólogo mais influente do mundo em vida”, segundo fala de Steven Pinker, professor da Universidade Harvard, ao The Guardian em 2014.

Em conjunto com Amos Tversky, matemático e psicólogo cognitivo, o Nobel isolou vieses que alteram a tomada de decisões das pessoas. De acordo com Kahneman, o cérebro humano reage rapidamente baseando-se em informações incompletas, às vezes, com resultados infelizes. Em uma entrevista de 2012 para a Associação Americana de Psicologia, ele disse que as pessoas são projetadas para contar “a melhor história possível”.

Teoria do Prospecto

Seguindo com sua dupla, Kahneman e Tversky revolucionaram na psicologia e na economia com a Teoria do Prospecto.

A economia comportamental “apareceu” ao final do século XX, com jovens economistas usando suas percepções ao desafiar noções clássicas de “homo economicus”, conceito que se refere ao homem como um sujeito racional com todas suas decisões baseadas na racionalidade.

A Teoria do Prospecto basicamente fala sobre as possibilidades de perdas influenciarem mais do que as chances de ganhos nas decisões, o que justifica a aversão ao risco para muitos. O homem evita perdas ao invés de tentar arriscar novos possíveis ganhos.

O sucesso de Kahneman

Junto de Tversky, o psicólogo escreveu artigos, livros e realizou experimentos com o “Jogo do Ultimato”, onde uma “pessoa A” recebia dinheiro tendo que compartilhar com uma “pessoa B”. Geralmente a “pessoa B” não deve aceitar menos do que 20% ou 30% do valor, ainda que qualquer quantia seja um lucro.

Esse estudo e teoria entre os pesquisadores se tornou mais famoso após a publicação de “A Jogada do Acaso”, de Michael Lewis, em 2016.

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