A bolsa de valores brasileira supera os 131 mil pontos nesta segunda-feira (17), registrando uma alta de 1,63% por volta das 16h10. A razão para o ânimo vem da China, mais especificamente da expectativa por um pacote de estímulos e a consequente maior demanda por commodities.
A China anunciou novas medidas para impulsionar o consumo da população, focando no aumento da renda, conforme noticiado pela agência oficial Xinhua. Essas ações fazem parte de um conjunto de iniciativas do governo chinês para estimular a demanda interna, especialmente em um cenário econômico pressionado pelas tarifas impostas por Donald Trump. A notícia impactou positivamente as moedas de mercados emergentes, incluindo o real, levando o dólar a recuar quase 1%.
Os investidores agora aguardam declarações de autoridades chinesas em uma coletiva de imprensa programada para esta tarde, na qual serão detalhadas as medidas para impulsionar o consumo.
O relatório do Conselho de Estado chinês delineou diretrizes adicionais, como a estabilização dos mercados de ações e imobiliário e incentivos para aumentar a taxa de natalidade do país. O governo chinês tem reconhecido a necessidade de uma recuperação mais ampla da renda para estimular os gastos da população.
Durante as recentes reuniões parlamentares, a administração do país colocou o aumento do consumo como a principal prioridade do relatório anual de trabalho, algo inédito desde a chegada de Xi Jinping ao poder há mais de uma década. Embora ainda faltem detalhes sobre como o governo aumentará os gastos, as diretrizes apresentadas demonstram uma determinação maior em enfrentar o problema do consumo neste ano.
O novo pacote de medidas abrange oito áreas e inclui planos para melhorar os cuidados infantis, além da promessa de fortalecer o sistema de licença remunerada no país. Algumas regiões já começaram a expandir o suporte social, como Hohhot, capital da Mongólia Interior, que anunciou novos subsídios para creches.
“Diferentemente dos planos anteriores, que priorizavam melhorias no lado da oferta ou medidas como substituições de bens antigos por novos, esse plano também enfatiza a necessidade de elevar a renda”, destacaram analistas da Jefferies em relatório: “Acreditamos que o governo está focado em garantir o bem-estar dos grupos de baixa renda.”
Estímulos da China: dados positivos reforçam otimismo
A divulgação de indicadores econômicos acima das expectativas na China também animou os mercados. O consumo, o investimento e a produção industrial do país superaram as projeções no início de 2025, sinalizando resiliência econômica mesmo diante da necessidade de estímulos e do impacto das tarifas de Trump.
A produção industrial chinesa cresceu 5,9% em relação ao ano anterior, superando a projeção de 5,3%. Além disso, as vendas no varejo avançaram 4% nos dois primeiros meses do ano, acelerando em relação ao aumento de 3,7% registrado em dezembro e atingindo seu melhor desempenho desde outubro, conforme divulgado pela agência nacional de estatísticas da China.
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