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Payroll: EUA criam 303 mil vagas em março, bem acima das projeções

Payroll: EUA criam 303 mil vagas em março, bem acima das projeções

Os Estados Unidos criaram 303 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de março, segundo dados do payroll divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Departamento do Trabalho norte-americano. O resultado representa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o país divulgou 270 mil novas posições, com o dado já revisado nesta data, de 275 mil reportadas anteriormente.

A estimativa do mercado financeiro era de criação de 212 mil novas vagas informadas pelo payroll.

A taxa de desemprego caiu para 3,8% no mês, após alta para 3,9% no mês passado. O mercado projetava estabilidade da taxa.

O número de desempregados passou de 6,5 milhões para 6,4 milhões em março. Desde agosto de 2023, a taxa de desemprego oscila entre 3,7% e 3,9%.

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O salário médio por hora permaneceu em 4,1% em março, na base anual, informou o payroll, com alta de 0,3%. A previsão do mercado era de estabilidade. O aumento no salário médio por hora de todos os trabalhadores em folhas de pagamento privadas não agrícolas aumentou 12 centavos de dólar, para US$ 34,69 dólares, após um aumento de 5 centavos em fevereiro.

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Payroll: criação de vagas nos EUA, de março de 2022 a março de 2024
Payroll: criação de vagas nos EUA, de março de 2022 a março de 2024 | Imagem: BLS

A área de saúde criou 72 mil empregos em março, acima da média mensal de 60 mil nos 12 meses anteriores. O crescimento do emprego também continuou nos serviços ambulatoriais de saúde (+28 mil), hospitais (+27 mil), e nas instalações de enfermagem e de cuidados residenciais (+18 mil).

Tá, e aí?Stephan Kautz

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, avalia que os dados do payroll vieram bem acima do que se imaginava. “O resultado veio espalhado. Em geral, não teve um setor específico que puxou muito [a alta]”, afirmou o economista.

O que chamou a atenção de Kautz foi o nível educacional das vagas. Grande parte dos postos são de menor qualificação, que não provocam crescimento nos salários, mas gera uma desaceleração no ritmo de crescimento das remunerações. 

Diante disso, o economista ressalta que o desafio do Fed e dos Bancos Centrais em geral é ver uma economia que cresce acima do esperado, com um mercado de trabalho apertado e uma geração de empregos constante, mas com salários que não pressionam significativamente a inflação. 

Essa é a dúvida, a incerteza e o risco que BCs enfrentam. Quando esse salário vai aparecer? Será que ele vai aparecer? Em que magnitude que possa atrapalhar o controle da inflação? Para os BCs, o ideal seria uma desaceleração na economia e um mercado de trabalho um pouco menos apertado como está hoje”, explica. 

O economista alerta que o payroll ainda preocupa o Fed. Contudo, ele lembra que não se confirmou ainda “a tal alta dos salários ou inflação dos salários que justifique ele ficar mais preocupado do que ele já estava”.

Ouça a análise na íntegra:

Payroll: dados revisados

Os dados do payroll de janeiro e fevereiro foram revisados pelo Departamento de Trabalho norte-americano.

Na divulgação anterior, o número de janeiro havia sido alterado de 353 mil para 229 mil vagas abertas. Agora, o Departamento do Trabalho firmou o dado em 256 mil, com 27 mil vagas a mais. A variação de fevereiro foi subtraída em 5 mil vagas, de 275 mil para 270 mil. Com estas revisões, os novos postos foram acrescidos em 22 mil do reportado anteriormente.

As revisões mensais resultam de relatórios adicionais recebidos de empresas e agências governamentais desde as últimas estimativas publicadas, além de fatores sazonais que são incluídos nos cálculos.