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CPI: inflação nos EUA acelera em junho e mantém Fed em alerta

CPI: inflação nos EUA acelera em junho e mantém Fed em alerta

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), principal termômetro da inflação nos EUA, subiu 0,3% em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, conforme projeções colhidas pelo The Wall Street Journal.

O avanço mostra uma aceleração da inflação nos Estados Unidos: em maio, o CPI havia registrado alta de apenas 0,1%. Na comparação anual, o índice subiu 2,7% em junho, também dentro do consenso dos analistas.

Entre os componentes do índice, o setor de moradia foi o principal responsável pela alta mensal, com avanço de 0,2%. Já os preços de energia subiram 0,9%, puxados por uma alta de 1% na gasolina. A alimentação também teve influência, com aumento de 0,3% no geral, tanto para alimentos consumidos em casa (0,3%) quanto fora de casa (0,4%).

O núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, teve alta de 0,2% em junho, levemente abaixo da expectativa de 0,3%. Ainda assim, o movimento é suficiente para manter acesa a preocupação com os preços no radar do Federal Reserve.

CPI: inflação nos EUA pressiona decisões do Fed

Recentemente, o Fed optou por manter os juros inalterados no intervalo entre 4,25% e 4,5% pela terceira reunião consecutiva. A autoridade monetária tem sido cautelosa diante da resistência da inflação, mesmo diante da pressão do presidente Donald Trump por novos cortes na taxa básica.

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A política de juros mais altos nos EUA torna os títulos do Tesouro americano mais atrativos para os investidores globais, o que tende a reduzir o apetite por ativos de risco em países emergentes, como o Brasil. Por outro lado, uma eventual queda nos juros por parte do Fed poderia favorecer os mercados internacionais, inclusive a bolsa brasileira, ao atrair fluxos de capital estrangeiro.

Além disso, medidas econômicas adotadas pelo governo republicano, como a imposição de tarifas sobre produtos importados e políticas de imigração mais rígidas, também contribuem para uma pressão inflacionária adicional. Esse cenário faz com que o Fed adote uma postura mais conservadora, evitando cortes prematuros na taxa de juros.