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CPI dos EUA em novembro sobe 0,1% e tem a menor inflação em 1 ano

CPI dos EUA em novembro sobe 0,1% e tem a menor inflação em 1 ano

O Índice de Preços ao Consumidor, o CPI dos EUA (Estados Unidos), subiu 0,1% em novembro, ante 0,4% em outubro. Os dados vieram abaixo da expectativa do mercado, que esperava 0,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, o CPI dos EUA foi de 7,1%, contra 7,7% do mês de outubro. O consenso do mercado era […]

O Índice de Preços ao Consumidor, o CPI dos EUA (Estados Unidos), subiu 0,1% em novembro, ante 0,4% em outubro. Os dados vieram abaixo da expectativa do mercado, que esperava 0,3%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o CPI dos EUA foi de 7,1%, contra 7,7% do mês de outubro. O consenso do mercado era uma alta de 7,3%. Com isso, a inflação americana atingiu o nível mais baixo em 12 meses, sendo a quinta desaceleração consecutiva, embora ainda esteja acima da meta do Federal Reserve (Fed) de 2%.

Gráfico do CPI dos EUA do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos
Fonte: Departamento de Trabalho dos Estados Unidos

Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (13), pelo Bureau of Labor Statistics (Departamento de Trabalho dos Estados Unidos). 

“A inflação [dos Estados Unidos] é meio grudenta. Ela demora para cair. Ela subiu de elevador e está caindo de escada”, explica Luís Moran, head da EQI Research, no Morning Call.

Tá, e aí?Stephan F. Kautz, economista-chefe da EQI Asset

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, comentou os dados do CPI dos EUA. Ele destaca que essa foi uma boa notícia para os mercados e indica uma desaceleração da inflação. 

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Apesar disso, Kautz explica que a melhora do CPI dos EUA foi concentrada no índice de bens e não em serviços, embora este movimento tenha sido importante. 

“Basicamente, os bens estavam devendo essa desaceleração mais forte por conta da dinâmica que a gente já tem visto nos custos de transporte e demanda global mais fraca. Então, eles demoraram para acontecer, mas finalmente ocorreu. Então essa é uma boa notícia”, afirma.

Stephan ressalta que a parte de serviços é mais inercial e tem mais dificuldades em cair. Por isso, ela continua bem pressionada, especialmente na parte de aluguel.

Ainda que os números tenham sido bons, o economista-chefe da EQI Asset entende que os dados do CPI dos EUA de novembro não aliviam as preocupações do Fed para a inflação dos próximos meses, justamente por conta do índice de serviços que ainda estão pressionados. 

“Finalmente, os efeitos transitórios da pandemia voltaram, porém ainda tem uma parte de serviços pressionada, o que deixa o Fed um pouquinho com o pé atrás em relação a esse número”, declara. 

Ouça a análise de Stephan Kautz sobre o CPI dos EUA na íntegra:

CPI dos EUA e Fed

Hoje, começa a reunião do Fed para definir a taxa de juros dos Estados Unidos. O anúncio está programado para amanhã (14).

Em relatório, os economistas do BTG Pactual (BPAC11) avaliam que o Fomc (Federal Open Market Committee, tradução Comitê Federal de Mercado Aberto) deve ajustar fed funds rate para um intervalo 4,25% a 4,50%, desacelerando o ajuste de 75 bps para 50 bps. 

Os dados do CPI dos EUA são uma espécie de termômetro para a economia americana e orientam as decisões do Fomc. Com eles desacelerando, a expectativa é que o Fed diminua a intensidade de alta nos juros. 

Outro indicador que orienta as decisões do Fed é o Índice Preços ao Produtor (PPI) dos EUA, que avançou 0,3% em novembro. O resultado ficou acima da previsão de analistas, que indicavam um avanço de 0,2% no período.

Destaques

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informa que o índice de habitação foi o que mais contribuiu para o aumento mensal de todos os itens, compensando as quedas nos índices de energia, que caiu 1,6%. A energia recuou por conta da queda dos preços de gasolina, gás natural e eletricidade.  

“O índice de todos os itens menos alimentos e energia subiu 0,2 por cento em novembro, após alta de 0,3 por cento em outubro. Os índices de abrigo, comunicação, recreação, seguro de veículos motorizados, educação, e vestuário estavam entre os que aumentaram ao longo do mês. Os índices que caíram em novembro incluem os carros e caminhões usados, assistência médica e índices de passagens aéreas”, cita o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. 

Segundo o Departamento de Trabalho, no acumulado dos 12 meses, o índice de todos os itens menos alimentos e energia subiu 6,0% nos últimos 12 meses. 

O índice de energia aumentou 13,1% nos últimos 12 meses de novembro. Já os alimentos avançaram 10,6% em relação ao ano passado. Contudo, todos os aumentos foram menores do que no período encerrado em outubro. 

  • Quer saber como o CPI dos EUA interfere nos seus investimentos? Preencha este formulário para um assessor da EQI Investimentos entrar em contato.