O Índice de Confiança da Construção (ICST), caiu 3,9 pontos em janeiro, para 92,8 pontos. Este é o menor nível desde junho de 2021, quando atingiu 92,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,1 ponto.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do instituto, observou que, no mês passado, a alta da confiança das empresas da construção destoou da percepção mais negativa que prevaleceu nos demais setores.
“Agora em janeiro houve uma forte correção, com o indicador revelando um pessimismo mais acentuado em relação à demanda prevista para os próximos meses. Certamente o ambiente de mais incertezas com a evolução da pandemia e de taxas de juros maiores deve ter contribuído para a reversão do humor”, completou ela.
A pesquisadora lembra ainda que a retomada da construção ganhou fôlego em 2021. Graças ao desempenho positivo do mercado imobiliário: vendas e lançamentos cresceram impulsionados por taxas de crédito, que em agosto atingiram um piso histórico. A mudança de cenário terá impactos sobre os novos negócios em 2022.
Confiança da construção: ISA tem menor nível desde julho
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,1 pontos, para 90,7 pontos. Sendo o menor nível desde julho do ano passado (89,4 pontos). A queda do sub indicador foi influenciada tanto pela piora do indicador de carteira de contratos, que recuou 2,4 pontos, para 91,4 pontos, como pela piora do indicador que mede a situação atual dos negócios, que recuou 1,9 ponto, para 90,1 pontos. Ambos retornam ao menor nível desde julho de 2021.
O Índice de Expectativas (IE) caiu 5,8 pontos, para 95,0 pontos. É o menor nível desde maio do ano passado (89,9 pontos). E retorna a patamar inferior ao nível neutro. Esse resultado se deve à uma deterioração das perspectivas sobre a demanda nos próximos meses.
O Indicador que mede a demanda prevista recuou 6,6 pontos para 96,4 pontos, e o indicador que projeta a tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 4,9 pontos, para 93,6 pontos, menor nível desde maio de 2021 (90,5 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção recuou 1,5 ponto percentual (p.p.), para 74,9%. O Nuci de Mão de Obra e Nuci de Máquinas e Equipamento contribuíram negativamente, com variações de -1,2 e -1,1 ponto, para 76,3 % e 68,7%.
INCC-M
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,64% em janeiro. Trata-se de um percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,30%.
Com este resultado, acumula alta de 13,70% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice subira 0,93% no mês e acumulava alta de 9,39% em 12 meses.
A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,49% em dezembro para 1,09% em janeiro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,14% em janeiro, contra 0,10%, em dezembro.