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China pode controlar expansão de veículos elétricos após críticas do Ocidente

China pode controlar expansão de veículos elétricos após críticas do Ocidente

Recentemente, a BYD ultrapassou a Tesla (TSLA; TSLA34) e se tornou a maior fabricante de veículos elétricos do mundo. No entanto, apesar destes resultados, devido às críticas ocidentais às políticas industriais e comerciais que impulsionaram a exportação de carros chineses, a China pode ter que controlar a expansão do setor de carros elétricos no mercado local.

Essa informação é do jornal inglês Financial Times.

Em uma coletiva de imprensa, o vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Xin Guobin, afirmou que a China adotará medidas rigorosas para conter o desenvolvimento “cego” de novos projetos no setor de veículos elétricos, citando a existência de “comportamentos de concorrência desordenados”. 

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Em contrapartida, Xin criticou os “comportamentos protecionistas” dos países estrangeiros e o “abuso” de mecanismos de disputa comercial.

Essa posição contrasta com outras críticas de Pequim sobre as restrições e investigações contra os veículos elétricos chineses. 

A União Europeia está investigando os subsídios dos seus países-membros a montadoras chinesas. 

Por exemplo, um órgão executivo da UE argumenta que o apoio estatal manteve os preços artificialmente baixos, o que pode resultar em ações compensatórias, como tarifas mais altas contra importações. Em resposta, Pequim considerou a medida uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo o Financial Times, empresas europeias temem que a China esteja construindo mais fábricas de veículos elétricos do que o necessário para atender à demanda interna, assim como ocorreu em outros setores, como nas indústrias de aço, alumínio e painéis solares. 

BYD terá a primeira fábrica na Europa

Apesar da tensão entre a China e a Europa em relação aos veículos elétricos, a BYD anunciou em dezembro a instalação de sua primeira fábrica na União Europeia. 

A fábrica, que será construída na cidade de Szeged, no sul da Hungria, espera produzir 200 mil carros por ano. A futura unidade de produção europeia fabricará veículos elétricos de bateria e híbridos plug-in para a BYD, com subsídios do governo húngaro.

Após o anúncio da fábrica, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, destinou US$ 133 milhões do orçamento para melhorar a infraestrutura rodoviária, ferroviária, de energia, gás e água ao redor de um parque industrial na região de Szeged, embora não tenha mencionado especificamente a montadora chinesa.