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China: consumo cresce em ritmo mais lento

China: consumo cresce em ritmo mais lento

A China divulgou na noite de quinta-feira (16) dados que apontam para um crescimento mais lento do consumo, enquanto a atividade industrial continua forte.

As vendas no varejo aumentaram 2,3% em abril em relação ao ano anterior. Esse resultado ficou abaixo da previsão de 3,8% e também foi menor do que o ritmo de 3,1% registrado em março.

A produção industrial cresceu 6,7% em abril em relação ao ano anterior, superando as expectativas de 5,5% e apresentando uma recuperação significativa em relação ao aumento de 4,5% em março.

O investimento em ativos fixos aumentou 4,2% nos primeiros quatro meses do ano, abaixo da alta esperada de 4,6%.

O investimento imobiliário intensificou seu ritmo de queda, caindo 9,8% nos primeiros quatro meses de 2024 em comparação ao ano anterior.

Os investimentos em infraestrutura e manufatura desaceleraram ligeiramente em relação ao nível relatado em março.

A taxa de desemprego urbano em abril foi de 5%.

China: vendas de eletrodomésticos e automóveis sobem

O Ministério do Comércio da China informou que as vendas no varejo cresceram 6,8% durante o período de feriados recentes, de dia do trabalho, de 29 de abril a 3 de maio. As vendas de eletrodomésticos aumentaram 7,9% durante esse período, enquanto as de automóveis subiram 4,8%, impulsionadas por incentivos ao comércio em todo o país.

“Os principais indicadores da indústria, exportações, emprego e preços melhoraram de forma geral, com novas forças motrizes mantendo um rápido crescimento”, afirmou a agência de estatísticas do país.

A porta-voz do departamento, Liu Aihua, destacou que no ano passado o feriado prolongado do Dia do Trabalho incluiu dois dias em abril, enquanto este ano começou em 1º de maio.

Ela também mencionou que o setor imobiliário está em um período de ajuste.

Títulos ultralongos do tesouro chinês começam a ser negociados

A China começa no dia 24 de maio a emissão de títulos especiais do tesouro ultralongos, com prazos de 20, 30 e 50 anos este ano. Segundo o Ministério, a emissão do último lote será concluída até meados de novembro.

A China planejou a emissão desses títulos durante cada um dos próximos anos para fornecer capital de longo prazo para grandes projetos.

A Oxford Economics espera que a maioria dos impactos econômicos só seja sentida no primeiro semestre do próximo ano. Mas que a emissão dos títulos ultralongos pode ajudar a aumentar a confiança do mercado.

Medida similar foi tomada pela China na época da pandemia de Covid-19.

China: Quadro misto de dados

Outros dados divulgados recentemente pela China apontam resultados mistos.

As exportações cresceram 1,5% em relação ao ano anterior, alinhadas com as expectativas, enquanto as importações superaram as previsões com um aumento de 8,4%.

Indicando uma estabilização da demanda interna, os preços ao consumidor subiram no mês passado (0,3% ). No entanto, os preços ao produtor continuaram a diminuir (-2,5%).

Os novos dados de empréstimos de abril caíram para níveis não vistos em pelo menos duas décadas, refletindo a lenta demanda por empréstimos por parte de empresas e famílias.

O setor imobiliário ainda não mostrou sinais de recuperação significativa, com muitos apartamentos pré-vendidos ainda em construção. Mais cidades aliviaram as restrições de compra de imóveis recentemente para tentar impulsionar as vendas.

Dan Wang, economista-chefe do Hang Seng Bank, afirmou em entrevista no final do mês passado que espera uma estabilização do mercado imobiliário até o final do próximo ano. “A política foi bem-sucedida de maneira rápida e drástica, essencialmente interrompendo a especulação”, disse.

Apesar da crise imobiliária ter impactado a riqueza da classe média, Wang destacou que a economia como um todo se manteve.

“Apesar das dificuldades, a economia conseguiu compensar as perdas no mercado imobiliário através do investimento industrial e manufatureiro”, disse Wang. “Isso demonstra a resiliência da economia chinesa e a eficácia de sua política industrial.”

O PIB oficial da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, superando as expectativas de 4,6%. O país estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 5% para 2024.