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CEO Conference: se fiscal não for resolvido, inflação não cai mais, dizem gestores

CEO Conference: se fiscal não for resolvido, inflação não cai mais, dizem gestores

O déficit fiscal no Brasil foi um dos temas centrais de painel do CEO Conference 2025, evento do BTG Pactual realizado nesta terça-feira, porque faz com que seja difícil ter um vislumbre sobre quando exatamente a inflação deve cair.

Participaram do painel Outlook de Grandes Gestores, André Jakurski, Sócio-fundador da JGP; Luís Stuhlberger, Sócio-fundador, da Verde Asset; e Rogério Xavier, Sócio-fundador, da SPX Capital; com moderação de André Esteves, Chairman & Sócio Senior do BTG Pactual (BPAC11).

Jakurski vê, hoje, um quadro de juros reais muito elevados e uma dívida pública crescente que não projeta cair em curto ou médio prazo. E isso impede o desenvolvimento de novos negócios. “Não vejo perspectiva clara de reversão neste governo”, comentou ele.

Já Xavier avaliou que a perspectiva do endividamento, com elevada taxa de juros, dificulta ainda mais qualquer previsibilidade sobre quando a inflação pode cair. “Se a gente não encarar a questão do déficit de forma definitiva, a inflação nunca mais cai”, afirmou.

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De acordo com ele, se não houver uma mudança e o governo não passar a gerar superávit, não haverá lastro na política monetária para domar o processo inflacionário. Em sua opinião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até está tentando fazer o papel dele, mas gastos por parte do Congresso, como emendas impositivas e derrubada de vetos presidenciais, dificultam o jogo.

CEO Conference: rali da eleição

André Esteves, do BTG Pactual, questionou os participantes sobre quando vai começar o “rali eleitoral” da bolsa de valores, quando há altas seguidas no período de um ano antes das eleições.

Para Stuhlberger, da Verde Asset, ainda é muito cedo para apontar sobre quando esse rali pode começar, já que ainda não há um vislumbre claro do xadrez político. Mas avaliou que, tirando a questão da inflação, não vê uma razão para que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caia tanto. Por outro lado, observa que as chances de Lula se reeleger estao em queda.

Luís Stuhlberger, no CEO Conference

“Na minha percepção, há 70% de chance de ele não ganhar, mas é difícil saber quem será o outro candidato. Lula está saindo de uma base muito pior do que o (Michel) Temer pegou da Dilma (Rousseff)”, disse.

E a questão fiscal pesa. De acordo com Stuhlberger, avalia-se que, em 2025, deverá ocorrer um déficit de R$ 400 bilhões.

Papel de Bolsonaro nas eleições

No cenário político, o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser fundamental para os próximos passos. Jakurski, da JGP, disse que não é possível saber se ele apoiará uma possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

“Não está claro se Bolsonaro vai apoiar o Tarcísio, mas acredito que ele poderá ter um papel importantíssimo para as decisões e o rumo político”, comentou ele.

Sobre as eleições do ano que vem, ele aponta que, apesar da baixa popularidade, Lula deverá estar no segundo turno do pleito e que a disputa pela presidência será bem acirrada.

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